Óbitos por causas mal definidas nos municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros no período de 2010 a 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Farias, Hildeth Maísa Torres
Orientador(a): Freitas, Bethânia Alves de Avelar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/2b5860bc-d86a-44b7-b2ad-a3a7da0a5464
Resumo: A definição de causas de óbito pode dar visibilidade aos problemas de saúde de uma comunidade, assim estudá-los permite determinar estratégias de prevenção e aplicação de diversos recursos. A mortalidade por causas mal definidas corresponde às situações em que a pessoa faleceu devido a uma causa que não foi possível definir, resultando em repercussões para a saúde pública quando em percentuais elevados. Além do comprometimento da qualidade dos dados, das análises por causas, ainda alertam para dificuldade de acesso e qualidade do atendimento prestado à população. As características socioeconômicas, de capacidade instalada e acesso a serviços de saúde para diagnóstico oportuno impactam no perfil da região. O objetivo desta dissertação foi descrever o estudo sobre o perfil dos óbitos e a mortalidade proporcional por causas mal definidas (CMD) nos municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros/MG no período de 2010 a 2019. Inicialmente foi realizada uma revisão integrativa referente às publicações disponíveis na literatura sobre o perfil dos óbitos e a mortalidade por CMD. Na sequência foi realizada análise dos óbitos por CMD nos municípios sob jurisdição da SRS Montes Claros no período de 2010 a 2019, no qual se utilizou os dados extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Observa-se que 64% das publicações ocorrem a mais de 5 anos e a maioria com enfoque nas regiões nacionais e capitais. Os resultados da análise do perfil epidemiológico dos municípios da área de abrangência da SRS Montes Claros indicaram que 57,8% dos óbitos foram em homens, 33,4% na faixa etária acima de 80 anos e 60,7% ocorridos no domicílio. A mortalidade proporcional por CMD na SRS Montes Claros foi 16,54%, e teve maiores taxas nos municípios de Novorizonte (30,48%) e Josenópolis (29,75%), parâmetros acima do recomendado pelo Ministério da Saúde. Os achados apontam para os fatores sociodemográficos, de acesso e qualidade dos serviços de saúde relacionados aos óbitos por CMD e apesar da redução da mortalidade por CMD os índices ainda são preocupantes. Recomenda-se para melhoria deste indicador a utilização da análise por microrregião de saúde e municípios para fomentar programas e políticas públicas, e também educação permanente para os profissionais de saúde responsáveis pelo preenchimento das declarações de óbito e investigação dos óbitos por causas mal definidas.