Mortalidade por homicídios, acidentes de transporte e suicídios no município de Belo Horizonte e região metropolitana, em série histórica de 1980-2000

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Villela, Lenice de Castro Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-28032008-081824/
Resumo: Objetivo: Estudar o perfil epidemiológico da mortalidade por Homicídios, Acidentes de Transporte e Suicídios no município de Belo Horizonte e Região Metropolitana, na série histórica de 1980 a 2000. Métodos: O estudo apresenta um desenho ecológico, do tipo série histórica. Os indicadores de mortalidade foram os coeficientes específicos por sexo, idade e gerais padronizados; a mortalidade proporcional; a razão de mortalidade segundo sexo e idade e os incrementos / decrementos percentuais. A população utilizada como padrão foi a de 1980. Os óbitos por Homicídios, Acidentes de Transporte e Suicídios e as estimativas populacionais, segundo o ano calendário, sexo, idade e município de residência foram extraídos da base de dados do DATASUS. No período entre 1980 e 1995, os óbitos foram codificados, segundo a IX Classificação Internacional de Doenças - CID 9ª Revisão, e, a partir de 1996, segundo a CID - 10ª Revisão. A análise de tendência temporal foi desenvolvida no software SPSS para Windows, utilizando-se a técnica de regressão linear simples, com nível de significância (? < 0,05). Resultados: Nas duas regiões geográficas, os indicadores de mortalidade apresentaram maior magnitude para o sexo masculino. A razão de coeficientes específicos de mortalidade apresentou maior magnitude nas faixas etárias entre 20 e 49 anos. Os coeficientes específicos de mortalidade por Homicídios apresentaram maior magnitude na região Metropolitana e os Suicídios e Acidentes de Transporte, em Belo Horizonte. Os maiores coeficientes de mortalidade por Homicídios e Suicídios, em ambas regiões e sexos, ocorreram entre a faixa de 15 a 49 anos, e por Acidentes de Transporte, na faixa etária de \"70 anos e mais\". Com relação à variação percentual dos coeficientes de mortalidade, verificaram-se incrementos percentuais para os Homicídios, exceto na faixa etária de 40 a 49 anos, ocorrendo decrementos destes indicadores para os Acidentes de Transporte, em todas as faixas etárias. Os Suicídios, mesmo com oscilações, apresentaram incrementos nas faixas etárias de \"15 a 19 anos\" e \"40 a 49 anos\". As tendências dos coeficientes específicos de mortalidade, ao longo da série, apresentaram ascensão para os Homicídios (p < 0,05), exceto, na faixa etária de \"40 a 49 anos\". Os Acidentes de Transporte apresentaram tendência de declínio ou estabilização, ao longo do período. Para os Suicídios ocorreu uma tendência de ascensão no sexo masculino, na faixa etária de \"20 a 29\" e de \"40 a 49 anos\". A tendência dos coeficientes gerais padronizados de mortalidade por Homicídios, em ambas regiões, apresentou um padrão de ascensão (p < 0,05). Nos Acidentes de Transporte e nos Suicídios observou-se uma tendência de estabilização, com um discreto declínio no sexo feminino.(p < 0,05). Conclusão: A evolução dos coeficientes, ao longo da série histórica, evidenciou a importância epidemiológica dos três grupos de causas externas, entre as quais destacaram-se os Homicídios, em ambas as regiões estudadas. Considerando os diferentes espaços geográficos e, as desigualdades sócio-espaciais, esses resultados sugerem a necessidade de implantação de programas efetivos de promoção e prevenção em saúde, direcionados para os jovens, adultos e idosos, principalmente do sexo masculino. Tais medidas podem contribuir para o controle e para a diminuição da expansão destes agravos, de fundamental importância para a Saúde Pública.