Efeito do tempo de congelamento da amostra na estabilidade de biomarcadores de estado redox no gastrocnêmio, coração e cérebro de camundongos swiss submetidos a uma sessão de exercício máximo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Costa, Karine Beatriz
Orientador(a): Vieira, Etel Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/22d2d326-fd23-4efc-8dee-bee747df9aa5
Resumo: O desbalanço entre a produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio e a ação dos sistemas de defesa antioxidante é uma condição conhecida como desequilíbrio redox. O exercício físico máximo é associado ao aumento da produção de espécies reativas e pode ser utilizado como modelo fisiológico para o estudo do desequilíbrio redox. Condições pré-analíticas de manejo de amostras biológicas, como o tempo de congelamento, podem interferir na integridade de analitos. Assim, esse estudo avaliou o efeito do tempo de congelamento da amostra na quantificação de biomarcadores de estado redox no gastrocnêmio, coração e cérebro de camundongos swiss submetidos a uma sessão de exercício máximo. Vinte e seis camundongos foram divididos em grupo controle, que não realizou exercício, e grupo exercício, submetido a uma sessão de exercício em piscina, com aumento progressivo de carga, até a exaustão. Os tecidos foram coletados imediatamente após o protocolo experimental e seccionados para avaliação a fresco e após 1, 3 e 6 meses de congelamento a -80 °C. O exercício máximo modificou o estado redox de tecidos frescos, demonstrado pelo aumento da peroxidação lipídica, da atividade das enzimas antioxidantes catalase e superóxido dismutase e diminuição da capacidade antioxidante total em todos os tecidos analisados e pelo aumento de derivados carbonílicos em proteínas no gastrocnêmio e cérebro. O efeito do exercício sobre a peroxidação lipídica foi reduzido no gastrocnêmio congelado por 6 meses e no cérebro e coração isso ocorreu já com um mês de congelamento da amostra. Por outro lado, o tempo de congelamento não alterou o efeito do exercício sobre os derivados carbonílicos em proteínas e a capacidade antioxidante total não enzimática. A resposta ao exercício da catalase, em todos os tecidos, e da superóxido dismutase no gastrocnêmio foi reduzida após um mês de congelamento. Já no cérebro e coração a resposta da superóxido dismutase ao exercício foi reduzida apenas após três meses de congelamento. De maneira geral, os resultados desse estudo mostram que o tempo de congelamento afeta, de maneira dependente do tecido e do marcador em análise, a resposta de biomarcadores do estado redox a uma sessão de exercício máximo.