O cotidiano das internas da Escola Normal Rural Regional Dom Joaquim Silvério de Souza na década de 1950

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cordeiro, Renata Maria Moreira da Silva
Orientador(a): Pires, Herton Helder Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/39bf9180-ab3d-4259-bff6-7f525b32db70
Resumo: A Escola Normal Rural Regional Dom Joaquim Silvério de Souza, instalada no distrito de Conselheiro Mata, no município de Diamantina, tinha como objetivo formar professoras primárias para a educação rural na década de 1950. A Escola tinha como proposta a formação completa das alunas, desenvolvendo desde sua capacidade intelectual até a construção de hábitos, com o objetivo de ampliar o universo cultural das mesmas, preconizando o seu retorno ao meio rural. Tendo em vista o diferencial da metodologia utilizada, essa dissertação buscou entender como era a rotina das alunas frente a uma proposta que trazia inovações pedagógicas na sua prática no período de 1950 a 1954. Com essa finalidade, o trabalho foi dividido em três capítulos. O primeiro apresentou uma reflexão sobre a formação das alunas e as práticas pedagógicas utilizadas na escola, baseada em quatro pesquisas com temas concernentes à Instituição, permitindo entender também o contexto da implantação da mesma. Foram identificadas e analisadas 14 categorias de práticas, onde o trabalho em equipe era a base do desenvolvimento de todas. O segundo buscou o conhecimento e entendimento do cotidiano das alunas, baseado nos diários, que eram o registro das atividades rotineiras, escritos pelas alunas e considerados parte de uma prática pedagógica inovadora. Constatou-se uma rotina de afazeres e horários rígidos, divididos entre tarefas escolares, domésticas e extraclasse, bem como a presença da fé no dia a dia da Instituição. Por fim, o terceiro capítulo dispõe sobre depoimentos de ex-alunas do educandário, coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, onde as informações contidas nos diários foram reafirmadas e/ou complementadas, além de revelar algumas particularidades até então não registradas, principalmente relacionadas à saúde. Pela análise de conteúdo dos relatos, foi percebido oito categorias de falas de sentido comum, onde algumas ratificavam a preocupação da escola com aspectos de saúde das próprias alunas e do aprendizado, uma vez que seriam responsáveis pela melhoria de vida do meio rural por meio da educação e da saúde.