Imprensa e escravidão em Diamantina, Minas Gerais (1860-1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Higor Natanael Azevedo
Orientador(a): Teodoro, Pacelli Henrique Martins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/8d6a5192-5551-4eec-b578-9e99725cc3f5
Resumo: A presente pesquisa tem como objeto de estudo as matérias de jornais políticos publicadas pela imprensa em Diamantina, Estado de Minas Gerais, sobre a escravidão e abolição no período de 1860 a 1888. Foram abordadas as perspectivas políticas de grupos liberais e conservadores, mediante uma leitura discursiva das seguintes fontes jornalísticas: O Jequitinhonha (1860- 1873), Monitor do Norte (1874-1879), 17º Districto (1885-1886) e Sete de Setembro (1887- 1888). Buscou-se compreender a participação política da imprensa e seus posicionamentos frente ao dilema estabelecido entre o direito de liberdade e o direito à propriedade, bem como as diferentes posições adotadas por cada grupo político, reveladoras de variados projetos para alcance do progresso local e da manutenção da economia. Ao delimitar a pauta da escravidão que constituiu diversas camadas da sociedade, verificou-se a presença de discursos antiescravistas na cidade desde a década de 1860, que propunham projetos de industrialização e desenvolvimento urbano local e regional, promovendo o horizonte da transição do trabalho escravo para o livre, na perspectiva dos liberais e liberais republicanos. Noutro prisma, nas décadas de 1880, grupos conservadores reforçavam a necessidade de projetos e ideias progressistas, mas que permanecesse o trabalho escravo e sobressaíssem a ordem e a hierarquia social.