Sim Sinhô: fotoetnografia da Comunidade Quilombola do Ausente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Tomaz, Nilmar Lage Fonseca e
Orientador(a): Nascimento, Alan Faber do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/00bdf9ca-c0db-49c2-91c3-9a4101a1fb58
Resumo: O Vale do Jequitinhonha é conhecido pelas suas riquezas minerais e diversidade cultural. Contudo, oportunamente, o estereótipo “vale da miséria” foi construído por ações políticas e pela imprensa para representar a região. A proposta deste trabalho é ressignificar essa representação social, a partir de uma fotoetnografia desenvolvida com as pessoas da Comunidade Quilombola do Ausente, no município do Serro/MG. Um texto imagético que valorize riquezas outras, singelezas do cotidiano e do modo de vida das pessoas desse território, sem contudo, negar suas dificuldades e contradições. Um texto imagético desenvolvido a partir de fotografias tomadas ao longo de visitas à campo para uma interpretação etnográfica da comunidade. Buscamos ampliar os debates já apresentados em pesquisas anteriores que deram base para esse trabalho e, a partir da nossa convivência participante com os quilombolas, desenvolveu-se uma fotoetnografia da comunidade, que possa ser uma alternativa imagética de representar a região. Para a captação das imagens, foi utilizada câmera HDSLR Canon 6D, com lente 35mm fixa, bem como um drone Mavic Pro e tripé. Essa participação no cotidiano permite uma inserção mais orgânica, uma construção de confiança que favorece no entendimento das dinâmicas do dia-a-dia e na produção das fotografias. Uma relação construída na cumplicidade, repensando conceitos e valores, provocando-os para que também trouxessem um olhar particular para apresentar sua comunidade, além de participarem, de alguma forma, da edição final das imagens. A participação da comunidade deu-se pela colaboração de duas pessoas, selecionadas a partir de critérios pré-definidos, que passaram por um processo introdutório de conhecimento da linguagem fotográfica e da metodologia da fotoetnografia. As fotografias apresentadas pela dupla, compõem esse trabalho e, de certa forma, também contribuem na ressignificação proposta.