Análise do absenteísmo por doença dos servidores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Roberto Allan Ribeiro
Orientador(a): Guedes, Helisamara Mota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/1584d6c9-b993-4f8a-a7a5-c4bd1f14e112
Resumo: O afastamento decorrente de doenças é um problema de saúde pública. Trata-se de um indicador global do estado de saúde dos trabalhadores que resulta em altos custos diretos para sociedade, organizações dos setores públicos e privados e principalmente para os trabalhadores. Este estudo objetivou analisar o absenteísmo por doença dos servidores de uma universidade pública do estado de Minas Gerais, no período de 2015 a 2019. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, retrospectiva, documental, cuja fonte de dados foram os registros das licenças para tratamento da própria saúde e dados funcionais dos servidores. Foram incluídos todos os servidores estatutários que atuaram pelo menos um dia na instituição ao longo do período definido. Coletou-se dados de variáveis do tipo sexo, cargo, idade, tempo de serviço, escolaridade, unidade e campus de lotação, períodos e tempo de afastamento e os diagnósticos que motivaram as licenças. Foi procedida análise descritiva e inferencial. Dos 1.646 servidores, 892 (54,2%) se afastaram pelo menos uma vez no período, sendo concedidas 4.402 licenças que resultaram em 46.501 dias de absenteísmo. Estes afastamentos resultaram em uma taxa de absenteísmo por doença média de 1,6% no período, sendo 4,3% para os técnicos administrativos e 2,1% dos docentes. Quanto as licenças para tratamento de saúde, 2613 (59,2%) predominaram em servidores do sexo feminino, 2009 (45,6%) na faixa etária entre 36 e 45 anos, 3690 (83,6%) em técnicos administrativos, 2212 (50,2%) com tempo de serviço de 5 a 10 anos. Os grupos de diagnósticos da classificação internacional de doenças com as maiores prevalências acumuladas de licenças foram em 11595 (29,3%) os do capítulo de transtornos mentais e comportamentais, 5931 (15%) doenças osteomusculares, 3942 (10%) lesões. A associação entre fatores socioeconômicos e funcionais com o absenteísmo por doença foi significativa (p<0,001) entre: sexo, escolaridade, categoria profissional, tipo de unidade de lotação, tempo de atuação na instituição. Os dados de absenteísmo na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri é um importante indicador se mostrando superior ao encontrado em outras instituições de ensino superior e sugerem uma relação entre o adoecimento dos trabalhadores, os seus locais de trabalho, as funções exercidas e as condições em que o trabalho acontece. Os dados do estudo podem auxiliar os gestores na formulação de medidas preventivas relacionadas ao absenteísmo por doença dos servidores da instituição.