Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Barros, Ana Caldeira de |
Orientador(a): |
Pires, Herton Helder Rocha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFVJM
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://acervo.ufvjm.edu.br/items/ac701702-a542-41ab-99cc-29783ae77f9b
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Resumo: |
As comunidades rurais sofrem de iniquidades em saúde e normalmente têm menor acesso a ela quando comparadas às comunidades urbanas. Se localizadas no entorno de unidades de conservação, podem apresentar características específicas de convivência com o ambiente, tal como a preponderância de uso de plantas medicinais nativas em relação ao uso de plantas cultivadas. Por outro lado, essas comunidades podem sofrer com insegurança e incertezas, devido às restrições de uso da biodiversidade impostas pela legislação ambiental vigente. Acredita-se que são nas práticas populares de saúde, como o uso de plantas medicinais, que a população busca apoio para o enfrentamento das situações de adoecimentos. O objetivo desse trabalho foi estudar as comunidades rurais de Braúnas e Lagoa da Pedra quanto aos seguintes aspectos sociodemográficos e de saúde: composição familiar, escolaridade, dados ocupacionais, socioeconômicos; sistemas de produção de alimentos e extrativismo, saúde do trabalhador e ao uso da medicina popular. As comunidades envolvidas no estudo são localizadas aproximadamente a 100 km da sede de Diamantina e a 20 km do distrito de Senador Mourão, na margem direita do rio Jequitinhonha, na zona de amortecimento do Parque Nacional das Sempre Vivas, em Minas Gerais. A área da pesquisa faz parte da mesorregião do Alto Jequitinhonha, nordeste do estado, transição de Cerrado e Mata Atlântica. Entre janeiro e abril de 2016, foram aplicados questionários estruturados em 36 domicílios, em que viviam 120 pessoas. As comunidades plantavam principalmente feijão nas margens do rio, sendo esta atividade e a venda da produção a mais importante ocupação e fonte de renda local. A maior parte dos entrevistados relatou cultivar hortaliças e legumes (72%) ou outros alimentos em seus quintais (97%) para autoconsumo. A criação de animais de produção e/ou de estimação foi relatada por 94% dos entrevistados. A maioria das casas tinha estrutura de adobe, cobertura de telha de barro e piso de cimento, sendo que a principal carência de saneamento ambiental foi a presença de fossa rudimentar na maioria das residências. As comunidades apresentaram relações específicas de convivência com o ambiente local. Nesse âmbito, foram citadas pelos entrevistados 139 plantas de uso medicinal, seus locais de coleta, modo de fazer e indicações terapêuticas. Os principais agravos investigados são comuns aos processos de adoecimentos de outras comunidades rurais do país, tais como parasitoses intestinais e acidentes com animais peçonhentos. Além desses, hipertensão arterial, problemas de pele e respiratórios também foram recorrentes. |