Peptídeo antimicrobiano homotarsinina: síntese, estudos reacionais de dimerização e ensaios de citotoxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guimarães, Carlos Felipe Reis Costa
Orientador(a): Verly, Rodrigo Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/291
Resumo: Neste trabalho foi estudada a influência dos efeitos estruturais na reação de dimerização associada à obtenção do peptídeo antimicrobiano homotarsinina (Htr), bem como foram realizados ensaios hemolíticos e de toxicidade desse peptídeo perante células humanas. Primeiramente foi realizada a síntese da cadeia monomérica da homotarsinina (Htr-M), empregando-se a estratégia Fmoc de síntese em fase sólida. Em seguida, o produto foi purificado por cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa (CLAE-FR), tendo sido o homodímero obtido sequenciado e caracterizado por espectrometria de massas (MALDI-ToF). Foram realizados estudos das preferências conformacionais da Htr-M por dicroísmo circular (CD) em diferentes meios e condições, como na presença de tampão Tris-HCl aquoso, em diferentes misturas de TFE-H2O e na presença de micelas de SDS. Realizou-se então a reação de dimerização do monômero em três meios: (i) solução tampão Tris-HCl 100 mmol•L-1 pH 8,5, (ii) solução micelar de SDS 350 mmol•L-1 em tampão Tris-HCl 100 mmol•L-1 pH 8,5 e (iii) solução TFE:H2O 40:60 (v/v) em Tris-HCl 100 mmol•L-1 pH 8,5. O acompanhamento cinético das reações de dimerização foi realizado por CLAE-FR. Como resultado, foi observado que em solução micelar de SDS a reação se completa em aproximadamente 6h (rendimento de 62%), enquanto que em solução tampão e em solução de TFE:H2O são necessárias 24h e 48h (rendimentos de 66% e 85%), respectivamente. Os resultados de CD obtidos para a Htr-M em condições similares às empregadas nas reações de dimerização mostraram que a Htr-M apresenta predominantemente conformação randômica em tampão Tris-HCl aquoso, enquanto adota predominantemente estrutura de hélice α em solução de TFE:H2O (40:60) ou na presença de micelas de SDS. Assim, os resultados do acompanhamento cinético da reação de dimerização indicam que a conformação predominantemente randômica da Htr-M em tampão Tris-HCl aquoso, bem como a diminuição de sua mobilidade e maior interação com a superfície das micelas de SDS e os efeitos de agregação que ocorrem em solução de TFE:H2O influenciam diretamente na forma de aproximação das cadeias monoméricas, atuando de maneiras diferentes na formação da ligação dissulfeto. Por fim, foram realizados ensaios de toxicidade em células humanas, os quais mostraram que Htr-M e Htr não apresentam toxicidade a leucócitos mononucleares, além do que também não apresentam atividade hemolítica.