Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Fagundes, Miriã Cristina Pereira |
Orientador(a): |
Cruz, Maria do Céu Monteiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFVJM
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/308
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Resumo: |
A temperatura é considerada o elemento climático mais importante para a produção da amoreira-preta (Rubus sp.). Em Diamantina, no Alto Vale do Jequitinhonha, em função de sua altitude, ocorrem baixas temperaturas durante o inverno, o que pode viabilizar o cultivo da amoreira-preta com boas expectativas econômicas. Entretanto, o estudo fenológico é fundamental para a identificação de cultivares adaptadas às novas regiões de cultivo. Diante disso, a pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar o comportamento fenológico e produtivo de cultivares de amoreira-preta em Diamantina, MG. As mudas foram plantadas no Setor de Fruticultura do Campus Juscelino Kubitschek, UFVJM, localizado a 1.384 m de altitude. O clima da região é do tipo Cwb, temperado úmido, com inverno seco e o período chuvoso compreendido de outubro a março, com precipitação anual de 1.404 mm e temperatura média do mês mais quente inferior a 20,1 ºC. O tipo de solo da área de cultivo é o Neossolo Quartzarênico Órtico Típico. O trabalho foi conduzido em blocos ao acaso, com quatro cultivares de amoreira-preta, ‘Brazos’, ‘Guarani’, ‘Tupy’ e ‘Xavante’, cinco blocos e cinco plantas por unidade experimental. A caracterização fenológica foi realizada nas cultivares de amoreira-preta por meio de observações visuais para determinar o início da floração, da formação e do amadurecimento das frutas, duração do período de florescimento e colheita. Para a caracterização da exigência térmica, foi calculado o número de horas de frio acumuladas inferiores a 13 °C, 10 °C e 7,2°C, antes da fase de emissão de gemas e durante cada estádio, a partir dos dados horários de temperatura coletados pela estação automática instalada no Campus Juscelino Kubitschek, em Diamantina, MG. Os graus-dia acumulados, nas diversas fases fenológicas, foram determinados a partir da diferença entre a temperatura média diária e a temperatura basal inferior, que foi considerada como 10 °C. A qualidade e a produção das amoras foram avaliadas a partir das características físico-químicas, da composição centesimal, da atividade antioxidante, da massa das frutas colhidas por planta e da produtividade por hectare. As cultivares de amoreira-preta apresentaram boa adaptação às condições climáticas de Diamantina, MG. A ocorrência de frio com temperaturas acima de 7,2 °C foi suficiente para a produção das cultivares de amoreira-preta Brazos, Guarani, Tupy e Xavante no Alto Vale do Jequitinhonha. A cultivar Brazos apresentou comportamento precoce, com a antecipação da fase produtiva. O ciclo produtivo das cultivares de amoreira-preta, nas condições de climáticas de Diamantina, foi prolongado. Essas condições climáticas proporcionaram produção satisfatória para a cultivar Brazos, no seu segundo ciclo produtivo. A qualidade das amoras produzidas em Diamantina foi mantida, com variações condizentes com as alterações climáticas da região. A qualidade das amoras é melhor quando colhidas na época seca, com baixa incidência de chuvas e alta radiação solar. |