Atividade antimicrobiana da Buchenavia tomentosa e dos seus fungos endofíticos e atividade anticancerígena da Eleutherine Plicata
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Bionorte
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/6155 |
Resumo: | Os fungos endofíticos vivem em simbiose com a planta hospedeira, sendo que muitos podem apresentar a capacidade de produzir os mesmos metabólitos ativos que seus hospedeiros, tornando-se um reservatório de uma infinidade de produtos naturais antimicrobianos ou anticancerígenos, dentre outros. Esta pesquisa foi dividida em três capítulos. No primeiro capítulo foi utilizada a planta Buchenavia tomentosa, ainda pouco estabelecida como medicinal na literatura, para avaliar a capacidade de inibição do crescimento de bactérias patogênicas pelo extrato aquoso da planta e extrato alcoólico dos fungos endofíticos isolados, e avaliar a atividade antagonista destes endofíticos contra o fitopatógeno Rhizopus stolonifier. Das 11 cepas bacterianas testadas, Salmonella typhimurium, Staphylococcus epidermidis e Shigella flexneri apresentaram sensibilidade aos compostos ativos da planta. Obteve-se 22 isolados fúngicos das folhas, e destes, sete apresentaram atividade antimicrobiana contra S. typhimurium, S. epidermidis e S. flexneri. Dois isolados, FC12 e FC31, apresentaram atividade antimicrobiana contra as três bactérias, e todos os fungos apresentaram inibição de pelo menos uma bactéria testada na concentração de 25 μg/ml (menor concentração observada no teste). Na atividade antagonista, somente o isolado FC123 foi capaz de inibir 53% do crescimento de R. stolonifer através da difusão de substâncias, e nenhum resultado foi observado pela produção de compostos voláteis. Os isolados endofíticos testados constituem potenciais fontes de substâncias antimicrobianas, mas novos estudos deverão ser realizados para identificar as espécies endofíticas e as substâncias antimicrobianas por elas produzidas. No capítulo dois foi investigada a atividade anticancerígena da planta Eleutherina plicata. Estudos anteriores demonstraram que há três principais substâncias de naftoquinona envolvidos: a eleuterina, isoeleuterina e eleuterol, mas seu mecanismo de ação permanece indefinido. A eleuterina se destaca dentre as demais naftoquinonas e seus mecanismos de ação foram investigados em glioma C6 de rato. A citotoxicidade in vitro foi avaliada pelo ensaio MTT; as alterações morfológicas foram avaliadas por microscopia de contraste de fase. A apoptose foi determinada pela anexina A coloração de V-FITC-iodeto de propídio e os efeitos antiproliferativos foram avaliados pela migração da ferida e ensaios de formação de colônias. A expressão da proteína quinase B (AKT/pAKT) foi medida por western blot, e o mRNA da transcriptase reversa da telomerase foi medido por PCr em tempo real (qRT-PCR). Foi observado que a eleuterina reduziu a proliferação de células C6 de maneira dose-dependente, migração e invasão suprimidas, apoptose induzida e fosforilação reduzida de AKT e expressão da telomerase. Em resumo, os resultados sugerem que a eleuterina tem potencial uso clínico em tratamento de glioma. O capítulo três trata-se de um compilado de técnicas utilizadas para a investigação da produção das substâncias anticancerígenas das plantas pelos fungos endofíticos, sendo parte subsequente do capítulo dois a ser realizada (investigação da produção de eleuterina pelos endofíticos da E. plicata). De maneira geral, ambas plantas estudadas são interessantes fontes de produtos biotecnológicos na área de antimicrobianos e anticancerígenos. |