Conservação da polpa de bacaba (Oenocarpus bacaba) por tecnologia de obstáculos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fernandes, Erlane da Rocha
Orientador(a): Pinedo, Aroldo Arévalo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos - PPGCTA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/287
Resumo: A polpa de bacaba (Oenocarpus bacaba) vem sendo alvo de pesquisadores devido a sua importância nutricional e funcional. Diante disso a presente pesquisa teve como objetivo estudar o processo de conservação da polpa de bacaba, através da aplicação da tecnologia de obstáculos. Foram estudados os seguintes obstáculos: pasteurização (85°C / 3min.), acidificação com acido cítrico (pH 3,7), redução da atividade de água pela adição de sacarose (0, 15 e 30% p/p) e pela adição de conservantes químicos: sorbato de potássio(0, 0,05 e 0,1% p/p), e metabissulfito de sódio (0, 0,01 e 0,02% p/p). Um planejamento experimental completo do tipo fatorial 32 foi utilizado na elaboração das formulações do produto, que foram armazenadas em BOD, a 25°C, durante 4 meses. Foi determinada inicialmente as características físicas e químicas da polpa in natura, sendo em seguida formuladas e avaliadas quanto as características químicas, físicas, microbiológicas e colorimétricas em intervalos de 30 dias durante quatro meses. A polpa de bacaba apresentou percentuais de lipídeos (9,45%), fibra FDN (5,91%), antocianinas (27,11±0,33 mg/kg Cian-3-gli) e carotenoides (6,47±0,24 μ g/g expressos em beta-caroteno). A polpa de bacaba controle E1 sem adição de conservantes químicos e de açúcar e a polpa E2 com adição de sacarose e sem conservantes químicos apresentaram a contagem de bolores e leveduras acima do limite permitido pela legislação vigente após 30 dias de armazenamento. As polpas de bacaba tratadas com conservante químico (sorbato de potássio e/ou metabissulfito de sódio), adicionadas ou não de sacarose foram o suficiente para garantir a conservação e a estabilidade física, química, colorimétrica e microbiológica durante os 4 meses de armazenamento a 25°C. Dos resultados observou-se que, dentro do tempo de armazenamento estudado, com exceção o teor de açúcares redutores, antocianinas e os parâmetros de cor os demais tratamentos sofreram poucas alterações ao longo do tempo. O teor de açúcares redutores aumentou possivelmente devido a hidrólise da sacarose em meio ácido, já o de antocianinas decresceu após o primeiro mês de armazenamento. Com relação a variações de cor, foi observada uma diminuição de a*, H* e C* possivelmente em razão da perda de pigmentos. Quanto à análise sensorial a amostra E6 (sacarose+metabissulfito) foi bem avaliada obtendo 75,56% de aceitação.