A universidade da maturidade: o reflexo das práticas sociopedagógicas desenvolvidas em Araguaína - TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Flores Sobrinho, Marcelo Henrique de Jesus
Orientador(a): Osório, Neila Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/2787
Resumo: No Brasil, a expectativa de vida que já passa dos 72 anos, ao nascer, mais que dobrou do início do Século XXI. De 1991 a 2000, a população brasileira com mais de 60 anos aumentou duas vezes e meia (35%) a mais do que a população jovem, que cresceu (14%), o que demonstra a evolução do envelhecimento no Brasil. O envelhecimento populacional merece a atenção da Educação e de outras áreas (do Serviço Social), da Sociedade Civil e do Estado, no sentido de garantirem a cidadania, os direitos políticos e sociais, um envelhecer digno, saudável e ativo para os maduros. Todavia, ocorre por grande parte da sociedade, uma negação da velhice e da cidadania dos velhos no País. A Educação é uma estratégia fundamental para potencializar o protagonismo social dos maduros. Nesta Perspectiva, com esta Dissertação objetivou-se verificar nas práticas sociopedagógicas da Universidade da Maturidade em Araguaína (TO), como os direitos dos idosos e a promoção de políticas públicas para o envelhecimento humano são desenvolvidos. A pesquisa efetivou-se em uma investigação de cunho qualitativo/quantitativo, fundamentada no método dialético, constituída de duas fases interligadas, a primeira, bibliográfica, documental, descritiva, de caráter exploratório, que subsidiou a segunda parte que consiste de pesquisa de campo realizada por meio de estudo de caso, caderno de observação, questionário socioeconômico, entrevistas semiestruturadas, amostra e registros fotográficos, sendo efetivada com dois grupos: com Coordenadores/Professores e Acadêmicos da Universidade da Maturidade (UMA), curso implantado pela Universidade Federal do Tocantins. Para o aporte teórico utilizou-se autores como: Almeida, Arroyo, Amaro, Aslan, Beauvoir, Brandão, Demo, Faleiros, Freire, Goldenberg, Kalache, Leme, Lopes, Mercadante, Miranda, Morin, Neto, Osório, Paz, Ribeiro, Santos e outros, além de evidenciar-se as Leis que tratam da cidadania dos velhos. Na análise dos dados desta pesquisa apresentou-se como principal resultado, primeiramente referente aos Professores, onde destacou-se que as ações socioeducativas da UMA transformam a vida das pessoas e sinalizam para uma “Educação Social e Cidadã”, libertadora e emancipadora, no sentido de uma prática de “Formação Humanística” legitimadora do Estatuto do Idoso e da Política Nacional do Idoso. Os Acadêmicos no geral, de forma qualitativa/quantitativa avaliaram a UMA e seu trabalho socioeducacional positivamente e tendo estes um forte sentimento de amor e gratidão pela ação “Tecnogerontológica” da instituição, que é retratada como “referência” de política pública e vista ainda como uma família, como um “remédio” que os retira do isolamento, da solidão, da depressão, proporcionando paz, tranquilidade, felicidade, saberes, legitimação da cidadania e empoderamento, educando-os para o envelhecimento ativo na cidade, além da percepção de outras possíveis descobertas. Espera-se que este estudo contribua para a transformação da realidade no qual os participantes da UMA estão inseridos, bem como, para a organização do movimento social dos maduros em Araguaína, no Tocantins e no Brasil, para o envelhecer ativo/digno e fortalecimento das Políticas Públicas do Envelhecimento Humano, além de proporcionar a formação de cidadãos críticos e o protagonismo dos idosos no processo de gerenciamento e garantia dos seus direitos pela “Educação ao longo da vida”.