Evasão no Ensino Superior: impactos e contribuições do Programa Nacional de Assistência Estudantil no Campus Paraíso do Tocantins do IFTO
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas - Gespol
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/276 |
Resumo: | A evasão no ensino superior é reconhecidamente um grave problema para as instituições, para o estudante e para a sociedade. As perdas que ela provoca manifestam-se na ociosidade do sistema de ensino, na frustração dos estudantes e na ausência de capital cultural e profissional para o desenvolvimento da sociedade. Partindo dessa argumentação a pesquisa ora apresentada teve como objetivo descrever a evasão do ensino superior no Campus Paraíso do Tocantins do IFTO e a implementação do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), enquanto política de permanência atua na prevenção e combate da evasão. Para tanto buscou-se a visão dos estudantes evadidos, dos estudantes em curso e dos gestores que conduzem o Programa na Instituição. Pretendeu-se identificar os antecedentes da evasão, as diferenças do perfil de estudantes evadidos e regulares, as correlações entre os antecedentes e como o PNAES é implementado nesse Campus. A metodologia adotada traduziu-se em uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa e qualitativa, através de um estudo de caso. Foram eleitos como instrumentos para a construção das informações questionários e entrevistas, que após suas aplicações foram analisados respectivamente via estatística descritiva e análise de correlação e análise de conteúdo. Os resultados demonstraram taxas superiores a 50% nos primeiros anos de oferta dos cursos superiores. Observou-se que esse índice tende à diminuição com o passar dos anos, mas ainda assim, a maioria dos cursos apresentam evasão acima da média nacional para instituições públicas, que é 22%. Na diferença entre os perfis de estudante, os que evadem são predominantemente homens, casados, com idade entre 18 e 28 anos e que colaboram efetivamente para a renda familiar. Por outro lado, mulheres, solteiras, com idade entre 18 e 28 anos, que não têm contribuição na renda, são estudantes em curso nessa IES. Os antecedentes da evasão mais significativos demonstrados nessa pesquisa foram: falta de conhecimento sobre o curso, falta de identificação com o curso e a carreira, pouca participação em atividades extracurriculares, relacionamento estritamente formal com os professores, e indisponibilidade de tempo para estudar. Entre as correlações positivas principais ressalta-se os incentivos do primeiro semestre com os sentimentos de pertencer e de bemestar ao estudar na IES. Quanto às correlações negativas, especialmente chama atenção que quanto mais se contribui para a renda familiar, menos tempo se tem para estudar. Em se tratando do PNAES, entre os estudantes imperou a falta de conhecimento e de participação em ações do Programa. Os evadidos se percebem menos atuantes e menos beneficiados. Já os cursantes percebem-se mais beneficiados e responderam que PNAES contribui para a melhoria de renda e permanência na instituição. Quanto aos gestores e o processo de implementação nessa IES, ressalta-se: a autonomia de cada IES em conduzir o Programa, o predomínio da oferta de auxílios financeiros, falta de legitimidade das ações do Eixo Universal, informalidade dos atendimentos da equipe especializada, e dificuldade em acompanhar os estudantes beneficiados. Ficou evidente que o PNAES faz diferença aos estudantes que se sentem beneficiados pelos seus projetos e ações na medida em que acolhe necessidades financeiras. Porém ainda se mostrou incipiente a contribuição do programa no seu Eixo Universal. |