Entremez: jogos de espelho em um labirinto sem fim - A dramaturgia de Ariano Suassuna, Francisco Pereira da Silva e Hermilo Borba Filho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bodnar, Roseli
Orientador(a): Hohlfeldt, Antonio Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Porto Alegre
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/515
Resumo: A presente pesquisa tem como objeto estudar o gênero entremez em peças de três autores nordestinos, representativos do teatro moderno brasileiro do século XX. Esse gênero cômico é ligado à festa da corte, marcado pelo uso da música, dança e pantomima. Tem como mote principal o entretenimento e a representação de situações cotidianas, com crítica de costumes, pois por meio do riso o dramaturgo traz reflexão. As peças escolhidas para estudo são: O homem da vaca e o poder da fortuna (1958), de Ariano Suassuna; Lazzaro (1948), de Francisco Pereira da Silva; Sobrados e mocambos (1972), de Hermilo Borba Filho. Minha proposta é estudar as confluências do popular e do medieval nas peças que trazem no seu bojo uma miscelânea de marcas medievais ibéricas com as cores locais nordestinas. A medievalidade está presente em uma via de mão dupla, ou seja, pelos modelos formais adotados em razão da aproximação com o teatro católico medieval ibérico e pela inserção da dramaturgia profana ao flertar com elementos da farsa e da comédia. O popular fica evidenciado na presença de personagens populares, no uso de ditados e de provérbios, na linguagem oral e em temas de acontecimentos contemporâneos, sobretudo por sua relação imbricada com o cordel. Os três autores nordestinos têm como fonte a cultura popular do Nordeste (romanceiro popular e festas populares), e esta tem origem na produção cultural da Idade Média. Assim, o romanceiro popular, as festas populares e suas respectivas fontes temáticas tornam-se pano de fundo das peças estudadas.