“Aquela vida véia dali num é a vida daqui”: as influências da Igreja Católica e as consequências da modernidade e urbanização na religiosidade dos antigos moradores do povoado Canela, em Palmas-TO
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista
Marília |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/681 |
Resumo: | Essa tese discute as realizações culturais e práticas religiosas dos antigos moradores do povoado Canela, especialmente durante os festejos ao Divino Espírito Santo, como lugares de memória que se transformam de acordo com as influências da Igreja e imposições da urbanidade, desencadeando novas formas de manifestação da fé e mudanças nas tradições, costumes, valores, modo de vida e identidade da comunidade. Pelo estudo das interpretações em cultura e religiosidade, essas expressões e representações são densamente descritas, tendo como referências as marcas discursivas textuais – orais e imagéticas – dessa comunidade ribeirinha transferida para a cidade de Palmas quando seu território foi submerso para formação da represa da Usina Hidrelétrica de Lajeado, no Tocantins. A pesquisa etnográfica, com aporte teórico-metodológico da antropologia visual, se baseou na abordagem direta e observação participante. Os dados foram descritos e interpretados a partir do material coletado em levantamento documental, entrevistas, relatos de vida, registros fotográficos e gravações audiovisuais. Justapondo narrativas da memória e história às observações registradas e ao material produzido durante a Festa do Divino no ano de 2010, as interpretações possibilitaram estabelecer a tese de que a religiosidade popular praticada pela comunidade Canela se caracteriza pela marginalidade resistente às imposições da Igreja e da sociedade, ampliando suas práticas de devoção ao santo às manifestações de afetividade familiar e ao resgate e manutenção das memórias do passado, constituindo-se como Catolicismo Marginal. |