O ensino de Filosofia no ensino fundamental: formação e contraconduta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rocha, João Luiz de Souza
Orientador(a): Farhi Neto, Leon Farhi Neto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/2691
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo investigar a situação concreta do Ensino de Filosofia implantado e desenvolvido após onze anos na Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Pe. Josimo Moraes Tavares, a primeira escola pública municipal da cidade de Palmas-Tocantins a adotar a disciplina de Filosofia entre os componentes da parte diversificada de sua estrutura curricular. Adota a problematização proposta por Michel Foucault como pressuposto teórico metodológico, buscando encontrar ferramentas conceituais para responder questionamentos e inquietações construídas através da experiência docente na escola. Percorre uma trajetória investigativa entre a Filosofia e o seu ensino, numa tentativa de se compreender o papel que a disciplina de Filosofia possui no ensino fundamental em um ambiente escolar específico. Foi trabalhado noções foucaultianas como relações de poder, resistência, conduta, contraconduta, modos de objetivação, modos de subjetivação, modos de assujeitamento e governo da infância. A possibilidade de crítica oferecida pela presença da Filosofia na escola, evidencia a própria instituição escolar como um território de luta e disputas em uma compreensão política do papel do ensino de Filosofia para além da eficiência cognitiva e da transmissão de saberes. Pensar e repensar o ensino de Filosofia com crianças e adolescentes e o seu próprio território de atuação. A noção de governo foucaultiana, entendida como condução da conduta do outro e de si, nos leva a uma chave interpretativa que rompe com a ideia de que não existe escapatória ao processo de subjetivação promovido pela escola. Entender as possibilidades abertas para uma outra conduta em uma relação consciente de professores e alunos que se voltam para o pensamento crítico e para as suas próprias condições de existência concretas. Pensar um ensino de Filosofia como contraconduta que estabeleça uma experiência da Filosofia por meio da crítica, da criatividade no pensar, do diálogo, da escuta, e da autotransformação dos envolvidos. O produto foi a elaboração e análise de uma sequência didática de conteúdos voltados para um Ensino de Filosofia como contraconduta.