Práxis política do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)-TO: trajetória de organização e formação política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Rejane Cleide Medeiros de
Orientador(a): Martins, Lucinéia Scremin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Goiânia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/2108
Resumo: A tese tem por objetivo analisara práxis política na sua relação com a formação política no Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mais especificamente desenvolvida no Bico do Papagaio, Tocantins (TO). As questões que se apresentam são as seguintes: As lutas sociais levadasà prática pelo MST contribuem para a formação política dos sujeitos envolvidos no processo? De que forma a práxis política desenvolvida pelo MST está alinhada à proposta de formação do movimento? Até que ponto este processo gera uma mudança na cultura política dos envolvidos na luta pela terra? A pesquisa apresenta uma abordagem predominantemente qualitativa, mas, também com alguns aportes quantitativos. As técnicas utilizadas foram entrevistas semiestruturadas, questionário (com perguntas abertas e fechadas) e observação sistemática em fóruns, encontros regionais, seminários, ocupações, congressos, processo de formação política, grupos de estudos temáticos e estratégicos do movimento.A pesquisa mostrou que a práxis do MST e a relação com a formação política possibilitam um processo de desalienação, uma vez que o sujeito da ação é o mesmo sujeito da reflexão, e que as ações e estratégias para formação dos seus quadros é efetivamente a práxis. Ao defender a práxis no cotidiano –que pode se configurar tanto nos grandes movimentos de transformações políticas, quanto nas pequenas atividades que conduzam à produção dos meios de vida para a subsistência do sujeito em ação –é que as ocupações, as manifestações, as organizações dos coletivos e assembleias no acampamento se configuram em espaços que contribuem efetivamente no processo de formação dos camponeses em luta pela terra, assim constituindo uma nova cultura política