Diagnóstico Físico-Conservacionista do Astroblema da Serra da Cangalha sob a ótica da Geoconservação
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/7016 |
Resumo: | As crateras de impacto são estruturas raras com grande valor cientifico e educacional distribuídas em todo o planeta. Estima-se que pouco menos de 200 astroblemas são catalogados, destes, 12 estão em solo brasileiro: Domo de Araguainha – MT/GO, Vargeão – SC, Colônia – SP, Vista Alegre – PR, Cerro do Jarau – RS, Riachão – MA, São Miguel Tapuio – PI, Piratininga -SP, Santa Marta – PI, Inajah – PA, Curuçá – AM e a Serra da Cangalha – TO. A Serra da Cangalha localiza-se na região nordeste do Tocantins, em Campos Lindos. Nesta região, concentra-se grande foco de cultivos de monoculturas. Assim, o Astroblema da Serra da Cangalha situa-se num contexto marcado por transformações da paisagem. Dessa forma, as alterações mencionadas põem em risco a diversidade abiótica da Cratera de Impacto. Diante deste cenário, objetivou-se averiguar o estágio de degradação da Cratera de Impacto da Serra da Cangalha por meio da aplicação do Diagnóstico Físico- Conservacionista (DFC). A área de estudo abrange o astroblema e seu entorno, contabilizando 4785,95 km² distribuídos nos municípios Campos Lindos, Riachão, Carolina e Goiatins. Este trabalho divide-se em Compartimentação Topográfica e Aplicação do DFC. A caracterização, parte inicial da compartimentação, levou em consideração os aspectos físicos da paisagem. Soma-se a isso o emprego de índice morfométricos, a saber: Índice de Dissecação do Relevo, Índice de Concentração de Rugosidade e Índice de Posição Topográfica. Dessa maneira, fez-se a interpretação dos dados aferidos levando em consideração as informações de geologia, geomorfologia, pedologia, declividade, e de uso e cobertura. Posteriormente, com vistas a conservação e/ou preservação da Serra da Cangalha, aplicou-se o DFC para aferir as condições de conservação da estrutura e o seu entorno. Isto feito, os resultados relacionados aos compartimentos topográficos indicam predomínio de topos tabulares associados as Coberturas Detritos-Lateríticas; topos convexos nas regiões rugosas do astroblema e porções dissecadas das rebordas da Serra da Gado Bravo; terraços e planícies fluviais apresentam-se em áreas com média concentração de rugosidade da Chapada da Cangalha. A aplicação do DFC mostrou-se eficiente para averiguar os estágios de degradação da paisagem. Nesta etapa, fez-se a setorização da área em estudo com base em limites políticos municipais, assim cada setor diz respeito a um dos municípios mencionados anteriormente. Os resultados do DFC indicam os setores B e C com maior número de unidade com riscos a degradação, os dados de uso e cobertura corroboram para este resultado. O setor A abriga a cratera de impacto, e por conseguinte, faz-se averiguação aguçada quanto às alterações da paisagem. Nota-se incremento considerável de agricultura temporária e de pastagens nas imediações do astroblema, no compartimento do anel rebaixado do astroblema e na Chapada da Cangalha. A Serra da Cangalha localiza-se em contexto de tensionamentos. Os setores que apresentam maior grau de risco a degradação dispõem-se em compartimentos aplainados, pouco rugosos com ausência de cristas. Por outro lado, os compartimentos rugosos e muito dissecados apresentam pouca alteração da cobertura vegetal. Dado o contexto, entende-se a necessidade assegurar o geopatrimônio. Assim, este trabalho contribui para compreender o contexto de degradação da estrutura e o seu entorno. Dessa forma, advoga-se em favor de práticas geoconservacionistas para com a Serra da Cangalha. Ainda que exista discussões para implementação de uma Unidade de Conservação (Monumento Natural da Serra da Cangalha), é de suma importância levar em consideração o contexto de rápida expansão das atividades antrópicas e agilizar as discussões para implementação da UC. |