Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Geisy Candido da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183185
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Resumo: |
Os sistemas aquíferos brasileiros tem sofrido intensas intervenções antrópicas, as quais expõem o geossistema a degradação, principalmente no que remete-se as águas subterrâneas, com a superexplotação, ao déficit de recarga e a contaminação, tornando a disponibilidade qualiquantitativa da água para o abastecimento de múltiplos usos reduzida gradativamente. Dentre os fatores que desencadearam esse cenário de crise hídrica, temos o planejamento urbano e rural desconexos das necessidades geoambientais, impactando diversos sistemas aquíferos brasileiros, dentre os quais podemos citar: o Itapecuru (PA), o Serra Grande (PI), o Urucuia (BA) e o Guarani (SP, MG, GO, MT, MS, PR, SC e RS), os quais estão localizados em áreas de expansão agropecuária, agroindustrial e de crescimento demográfico. Desta forma, ferramentas e diretrizes que possam auxiliar na geoconservação das águas subterrâneas são essenciais para a manutenção do geossistema, possibilitando que esse recurso atenda as atuais e as futuras gerações. Neste contexto, temos a geodiversidade funcional, que permite avaliar os recursos subterrâneos integrando-os a uma série de características geoambientais que condicionam a qualidade e a quantidade das águas subterrâneas em diferentes paisagens. Assim, este estudo teve como objetivo desenvolver um índice de geoconservação da geodiversidade funcional, tendo como área de aplicação as sub-bacias Água Quente e Água Fria, São Carlos-SP integrantes do Sistema Aquífero Guarani. Para tanto, pautou-se em revisão bibliográfica, expondo os principais conceitos bases para o desenvolvimento da estrutura teórico-metodológica, baseada na análise da paisagem por meio de fotointerpretação e delimitação de zonas homólogas, as quais foram descritas e associadas com suas propriedades hidrogeológicas, determinando o potencial e as fragilidades intrínsecas das unidades aquíferas presentes em um determinado território, resultando no mapa da geodiversidade funcional. Concomitantemente, propõe-se a elaboração de uma análise multitemporal da dinâmica dos usos e cobertura da terra da área em análise, determinando o potencial contaminante de cada uso identificado, resultando na avaliação dos avanços antrópicos na área e no mapa dos usos e coberturas da terra. Posteriormente, é preciso atribuir valores numéricos para cada classe presente no mapa de usos e cobertas da terra e no mapa de geodiversidade funcional, utilizando um intervalo de 1 a 5, necessários para aplicar-se a técnica fuzzy de geoprocessamento, unindo os dois mapas, resultando no mapa do índice da geoconservação da geodiversidade funcional, expressando as áreas que estão sofrendo maior impacto na geodiversidade funcional e necessidade de ações e estratégias para que possam ser geoconservadas. Essa sequência de etapas foram aplicadas nas sub-bacias do Córrego Água Quente e Água Fria, mostrando que o método é capaz de expressar as necessidades de geoconservação da geodiversidade funcional, possui potencial para auxiliar no planejamento rural e urbano, pode ser aplicado em diferentes escalas, possui banco de dados passível de modelagem e pode ser utilizado por gestores do setor público, adaptando e aprimorando essa ferramenta com o intuito de geoconservar as reservas de águas subterrâneas disponíveis em todo o território. |