Caracterização físico-química e avaliação da inibição micelial da farinha de bacuri (Platonia insignis, Mart.)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos - PPGCTA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/5714 |
Resumo: | A elaboração de novos produtos é uma estratégia das indústrias de alimentos para atrair consumidores que procuram produtos com alto valor nutricional. O bacuri (Platonia insignis, Mart.), uma fruta típica da região Amazônica, possui compostos bioativos que conferem características sensoriais importantes para a elaboração de novos produtos alimentícios. O objetivo desse trabalho é realizar caracterização físico-quimica e avaliar a farinha do endocarpo de bacuri para inibição do crescimento micelial de fungos filamentosos, das espécies de Mucor circinelloides, e Pleurotus ostreatus. A farinha de bacuri foi preparada por meio de secagem do endocarpo em estufa, à 65 ºC, e foi caracterizada quanto a composição nutricional, cor, pH, acidez titulável, carotenoides, vitamina C, compostos fenólicos, perfil de aminoácidos, perfil de ácidos graxos, FRAP e ABTS+. Foram realizados testes tecnológicos quanto ao índice de absorção de água, de índice da solubilidade em água, da capacidade de absorção de óleo, da capacidade espumante e da capacidade de formação de gel. Análises de toxicidade foram realizadas em relação a letalidade em Artemia salina e de fragilidade eritrocitária. Foi avaliado o efeito de extrato da farinha de bacuri em relação ao crescimento dos fungos filamentosos de Mucor circinelloides e Pleurotus ostreatus. A farinha obteve um rendimento de 23,18%, se apresentou com alto teor de fibra bruta (13,77%) e carboidratos (69%) e uma tonalidade entre o vermelho e o alaranjado. Os aminoácidos não essenciais, ácido aspártico (0,42%) e glutâmico (0,59%) e essenciais leucina (0,33%), seguida do triptofano (0,26%), foram os que prevaleceram. Os ácidos graxos prevalentes foram os monoinsaturados (4,05%) e os saturados (3,26%). Para as propriedades tecnológicas, a farinha obteve altos valores em relação ao índice de absorção de água (4,72 g/g), de solubilidade em água (46,52 g/g) e alta densidade (23,77 g/mL). Para os resultados toxicológicos, a farinha apresentou baixa toxicidade em ambos os testes. Em relação ao crescimento micelial, foi constatado que a farinha inibiu mais efetivamente o Pleurotus ostreatus, em relação ao Mucor circinelloides, apresentando percentagem de inibição de 81,71 e 31,79%, respectivamente, na concentração de 25%. O que demonstra eficácia do extrato vegetal no controle de fungos. Desta forma, a farinha tem potencial para sua utilização como matéria-prima, na indústria de alimentos. |