Estudo químico dos extratos ativos de bacuri (Platonia insignis)
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6561 |
Resumo: | As pesquisas voltadas para o conhecimento dos benefícios que o consumo de frutos nos proporciona têm crescido bastante e a divulgação do potencial nutricional e terapêutico destes tem intensificado essas pesquisas e reconhecido a Amazônia como um excelente campo para busca de novos compostos bioativos. Com isso, tem-se aumentado o consumo dos frutos o que gera uma quantidade de resíduos, cascas e sementes, muitas vezes bem maior que a quantidade usada para consumo. Esses resíduos são, geralmente, apenas descartados no meio ambiente tornando-se poluição. Na tentativa de diminuir a poluição gerada tem-se trabalhado em projetos que reutilizem os resíduos de frutos. Um dos frutos que tem se destacado nestes estudos é o bacuri, uma fruta amazônica produzida pelas árvores da espécie Platonia insignis Mart, família Clusiaceae, que, ao serem analisados seus extratos etanólico, estes apresentaram resultados relevantes nos testes para avaliação de atividades biológicas. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo o isolamento e a identificação dos principais constituintes químicos dos extratos de resíduos de bacuri por meio de técnicas cromatográficas, de espectrometria de massas (EM) e ressonância magnética nuclear (RMN). Neste estudo os extratos etanólico das sementes e cascas foram particionados utilizando solventes com diferentes polaridades: hexano, diclorometano e acetato de atila. A fase hexânica dos extratos etanólicos das cascas de bacuri (EECB) foi submetida a fracionamentos cromatográficos. Desta fração foram isoladas as substâncias HB3C, HC24, HC344 e HE129. Destas substâncias apenas a HC24 foi elucidada. Esta apresentou comportamento cromatográfico típico de fenólicos, o pico do íon molecular estava em m/z 603 em APCI no modo positivo e apresentou deslocamentos químicos que, quando analisados e comparados aos dados da literatura, pôde-se identificar esta substância como sendo a Garcinielliptona FC (GFC), uma benzofenona prenilada rica em atividades biológicas. A substância HE129 foi analisada a partir dos dados cromatográficos e de espectrometria de massas e pôde-se observar comportamento semelhante ao da GFC apresentando pico do íon molecular em m/z 603 em APCI no modo positivo e as fragmentações características da presença de mais um isômero de GFC, porém, a análise dos dados de RMN não pôde ser realizada devido à pequena quantidade de massa da amostra. A fração em diclorometano do extrato etanólico das sementes de bacuri (EESB) também foi submetida a fracionamentos cromatográficos de onde foram obtidas as substâncias 6a1, 7a1 e 7c1. A substância 6a1 apresentou-se como um sólido branco. Esta substância foi submetida a análises por recristalização e, por meio dos dados cromatográficos, os dados de EM e de RMN esta pôde ser identificada como a 30-epi-cambogina, mais uma benzofenona prenilada, comum na família Clusiaceae, porém, ainda não relatada na espécie. A substância 7a1 e 7c1 apresentaram-se como um sólido amorfo de cor amarela. Ao ser analisada por cromatografia em camada delgada pôde-se observar que a substância 7a1 ainda estava em mistura, mas pelas analises de seus espectros de massas e comportamento cromatográfico sugere-se que esta seja classificada como um fenólico, porém não foi possível a elucidação da estrutura. A substância 7c1 identificada como um biflavonoide conhecido como fukugetin já descrito no fruto. Os extratos EECB, EESB, as fases originadas da partição e as substâncias isoladas e purificadas foram submetidas a análises de atividade antiplasmódica medindo a porcentagem de inibição do crescimento do parasita causador da malária, Plasmodium falciparum, e estas apresentaram atividade moderada. |