Desafios para a formação de leitores na educação básica: leitura de gêneros sincréticos da imprensa
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras - ProfLetras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/4324 |
Resumo: | Esta dissertação resulta de um projeto no qual nos dedicamos à leitura de gêneros sincréticos na escola, apresentando o processo de uma pesquisa de caráter interventivo e seus resultados. Ao longo da prática pedagógica, notamos a ocorrência de dificuldades elementares de interpretação textual, como a incapacidade de formular hipóteses para o texto, no processo de antecipação, ou no reconhecimento de informações explícitas no processo de leitura, traduzidas no elementar conceito de decodificação. Esses resultados advêm de diferentes causas, dentre elas o próprio tratamento conferido aos textos nas aulas de língua portuguesa que, muitas vezes, prioriza estudos sobre a estrutura textual para o mero reconhecimento de aspectos relativos aos gêneros, ou ainda se orienta por questionamentos relativos à análise linguística e descrição gramatical, sem correlacionar esses elementos a um trabalho efetivo e sistematizado que leve a engajar o aluno na produção de sentidos para os textos. A pesquisa desenvolveu-se em uma turma de sétimo ano do ensino fundamental, na qual atuamos como docente. Inicialmente, apresentamos um mapeamento das dificuldades identificadas pelos alunos dessa turma, bem como a sequência de atividades que foram desenvolvidas a partir da abordagem dos gêneros charge e notícia de jornal. Ao final, trazemos os resultados obtidos. Conquanto a semiótica discursiva que subsidia esta pesquisa privilegie uma abordagem imanentista, valorizando os aspectos intratextuais, há que se considerar que os gêneros em questão são altamente dependentes do conhecimento de outros textos e saberes, demandando articulações interdiscursivas e intertextuais complexas, que respondem também pela dificuldade dos alunos para a produção de sentido. As atividades então propostas orientam-se por essa dupla articulação intra e intertextual. Como fundamentação teórica das atividades elaboradas mobilizamos principalmente a semiótica discursiva, compreendida como teoria da significação, aplicada a questões relativas ao ensino de leitura. |