Educação profissional e tecnólogica: Análise do Pronatec no Câmpus de Paraíso do Tocantins IFTO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Flávio Eliziario de
Orientador(a): Ghizoni, Liliam Deisy
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas - Gespol
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/68
Resumo: A Educação Profissional e Tecnológica implementada pelo Estado existe desde 1909, no governo do então presidente Nilo Peçanha, sendo oferecida inicialmente aos desvalidos de fortuna. Na primeira década do século XXI, essa modalidade ganhou visibilidade com a expansão dos Institutos Federais de Educação, principalmente com a educação profissional técnica de nível médio, na forma integrada, em que são obrigatórios 50% das vagas para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos. No entanto, essa lógica foi descontinuada com a criação do Pronatec, em 2011. O programa privilegia uma educação fragmentada, com a oferta de cursos que não são integrados e com as mesmas nuances do século passado, ou seja, com uma educação dicotomizada entre o pensar e o fazer. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo analisar a política pública do Pronatec no Campus de Paraíso do Tocantins (IFTO) executado nos anos de 2012 e 2013. São analisados especificamente os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) com carga horária mínima de 160 horas e máxima de 200 horas, ministrados em grande parte a estudantes do Ensino Médio da rede estadual de educação do estado do Tocantins. Para tanto, a pesquisa se guiou dentro dos eixos da condição profissional, educacional e social dos egressos do Programa, sobretudo quanto à inserção destes no mercado de trabalho, aos resultados na vida estudantil e à influência da política em sua renda. Fundamentou-se a investigação dentro de uma abordagem tanto quantitativa como qualitativa e utilizou-se estatística descritiva e análise de conteúdo segundo o modelo metodológico de Bardin (2009). Os resultados apontam que uma parte dos egressos se encontra frustrada por estarem desempregados e outra parte por estarem ocupados em setores diferentes da qualificação obtida. Os que estão ocupados auferem no máximo um salário mínimo e estão inseridos em atividades informais e precarizadas. A renda, por sua vez, não foi alterada no período do curso; os egressos não perceberam nenhuma melhoria nesse sentido. Por outro lado, a influência do programa na vida estudantil dos egressos se mostrou positiva, muitos tiveram contato com novos conhecimentos e acessaram disciplinas que os levaram a seguir na área ou mesmo a descartá-las por falta de identificação. Apesar deste ponto positivo, os resultados, de forma geral, não confirmam uma melhoria na condição de vida dos egressos nos eixos norteadores da pesquisa, o que corrobora toda a crítica construída sobre o Pronatec.