Professores de salas de recursos multifuncionais: vivências de prazer e sofrimento no contexto de trabalho
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/748 |
Resumo: | No Brasil, a construção de políticas públicas voltadas para pessoas com necessidades educacionais especiais teve inicio ainda no final do século XIX, período em se que criou, com base em experiências europeias, as primeiras instituições com objetivo de atender àqueles que na época apresentavam alguma deficiência auditiva, visual e física. Foi somente nos anos 50 e 60 que verdadeiramente se inicia a construção de serviços mais contemplativos e coerentes com as necessidades da população brasileira. Assim sendo, surge o chamado atendimento educacional especializado que dentre seus diversos serviços existe a sala de recurso multifuncional, espaço localizado na escola onde se oferta o atendimento educacional especializado aos discentes com necessidades educacionais especiais. Neste contexto, a presente pesquisa, de natureza qualitativa, exploratória e descritiva, teve por objetivos identificar as principais vivências de prazer e sofrimento dos professores que trabalham em salas de recursos multifuncionais da cidade de Colinas Tocantins. Para tanto, aplicou-se a sete docentes que trabalham nestas salas, uma entrevista semiestruturada que teve seus resultados analisados a partir de técnica de análise de conteúdo de Bardin (1977/2011) via análise de conteúdo por etapas descritas por Moraes (1999), com fundamentação teórica da psicodinâmica do trabalho. Concluiu-se que o professor da sala de recurso multifuncional, a depender da mobilização subjetiva impetrada contra o sofrimento que é inerente ao trabalho, poderá vivenciar prazer ou o chamado sofrimento patogênico. Dessa forma, o docente será submetido a vivências de sofrimento quando estiver inserido em espaços de trabalho negligentes para com suas questões subjetivas, inflexível em suas prescrições de trabalho e processo organizacional, evitando assim, a transformação do chamado trabalho prescrito em trabalho real. Por outro lado, o trabalhador docente vivenciará o prazer quando, em decorrência das suas estratégias de enfrentamento, conseguir transformar a realidade contextual da organização do trabalho, executando a partir de então, um labor com significados para si e para o meio social e que tenha certa aceitação, reconhecimento e valorização por meio da instituição e sociedade em geral. Sugere-se a construção de estratégias e politicas públicas com objetivo de promover estreitamento das relações entre o professor da sala de recurso multifuncional e a comunidade institucional, social e familiar com o objetivo de que todos tenham uma compreensão adequada das atividades educacionais executadas e da importância das mesmas para as pessoas marginalizadas socialmente e dentro da própria família, em suas necessidades e potencialidades. |