“Se eu pudesse trabalharia só oito horas”: As condições de trabalho dos mototaxistas e vendedores ambulantes de Palmas/TO
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2041 |
Resumo: | Em um cenário marcado pelo aumento do desemprego e das expressões da precarização do trabalho, retrocessos no âmbito dos direitos sociais e na multiplicação da pobreza, um número cada vez maior de trabalhadores busca meios alternativos de obtenção de renda e garantia de sobrevivência. Ampliam-se nas cidades brasileiras, em número e variedade, as atividades realizadas pela população pobre, intensificando as divisões do trabalho, entendidas nessa pesquisa como ponto de partida para a compreensão da teoria dos circuitos da economia urbana. Nesse sentido, buscamos realizar uma análise sobre as condições de trabalho presentes no circuito inferior de Palmas, a partir de duas atividades, o serviço de mototáxi e o comércio ambulante. Recorremos às pesquisas documental, bibliográfica e, no trabalho de campo, entrevistamos 65 trabalhadores inscritos nas atividades investigadas. Os resultados apontaram que o circuito inferior em Palmas, seguindo uma tendência nacional, está em pleno processo de expansão, tendo como propulsores a atual crise do emprego e ampliação do discurso do empreendedorismo e do trabalho por conta própria, fatores utilizados pelo capital, com apoio do Estado neoliberal, como estratégias para ampliar as formas de dominação da classe que vive do trabalho, reforçando que o desemprego e a precarização são inerentes ao modo de produção capitalista. A pesquisa apontou para a deterioração das condições de vida da maior parte dos trabalhadores entrevistados, dadas às formas precárias e desprotegidas em que atuam. As atividades do circuito inferior na capital tocantinense tornaram-se exílio para um contingente de desempregados, mas não a solução para o grave problema que o mundo produtivo vive no período presente. Os mototaxistas e os ambulantes vivenciam o processo de precarização não somente do trabalho, mas também de vida. |