Qualidade de vida no pré e pós-implante de marca-passo em pacientes de um hospital público da região norte brasileira
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2786 |
Resumo: | Os marca-passos (MP) têm agregado novas tecnologias nos últimos anos, oferecendo segurança e redução de morbidade e mortalidade. Porém, em alguns casos, a qualidade de vida (QV) não acompanha tal resultado. Objetivo: Analisar a qualidade de vida dos pacientes submetidos a implante de marca-passo no pré e pós-operatório no Hospital Geral de Palmas, Tocantins. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e prospectivo, composto por 40 indivíduos submetidos ao implante de marca-passo no Hospital Geral de Palmas. Utilizaram-se três instrumentos para a coleta de dados: um questionário clínico-sociodemográfico e os questionários de qualidade de vida SF-36 (Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey) e AQUAREL (Assessment of QUAlity of life and RELated events) (no pré e pós implante). Aplicaram-se os testes de Shapiro-Wilk (normalidade) e de Wilcoxon para comparar a QV no pré e pós-implante de MP e os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para avaliar a associação entre as variáveis, com nível de significância de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas sob o número 3.529.901. Resultados: A idade média dos pacientes foi 69,8±12,5 anos; 52,5% eram do sexo feminino; 60% sabiam ler e escrever; 85% eram aposentados e 10% viviam sozinhos. O período entre as coletas foi de 83±20,3 dias; o motivo do implante foi doença do nó sinusal em 25% dos casos, bloqueio atrioventricular em 62,5% e outros em 12,5%; 30% dos pacientes eram chagásicos e 70% não chagásicos; 85% apresentavam tonturas, 82,5% cansaço, 52% palpitações e 32,5% síncopes; 90% receberam MP de dupla câmara e 10% monocâmara, ambos convencionais. As médias dos domínios da QV no SF-36 pré e pós-implante, respectivamente, foram: capacidade funcional 32,2±23 e 67,2±18,4; limitação por aspectos físicos 12,5±21,1 e 76,8±29,6; dor 44,8±18,9 e 69,3±15,8; estado geral de saúde 47,7±15,3 e 69,1±10; vitalidade 51,1±23 e 77,1±13,5; aspectos sociais 61,5±24,7 e 79±19,6; aspectos emocionais 19,1±33,6 e 82,4±29,2; e saúde mental 64,1±18 e 75,4±15. As médias dos domínios no AQUAREL foram: desconforto no peito 47,4±23,5 e 88,8±10,2; arritmias 57±14,9 e 95,1±5,8; e dispneia ao exercício 45,2±20,4 e 88,1±12,1. Verificou-se que houve diferença significativa entre o pré e o pós-implante para todos os domínios de QV, em ambos os instrumentos. No pós-implante de MP, o modo de programação monocâmara ventricular (VVI), fibrilação atrial, idade superior a 70 anos e analfabetismo associaram-se a um efeito positivo na saúde mental (SF-36). Ocupação e idade ≤ 70 anos foram associadas a uma melhor resposta no domínio desconforto no peito (AQUAREL). Conclusões: O implante de MP melhorou significativamente a QV dos pacientes avaliados. Escolaridade, ocupação, faixa etária, modo de estimulação e alterações eletrocardiográficas tiveram efeito na QV. |