Desempenho de bovinos de corte em pastejo intermitente de Capim-Piatã (Urochloa brizantha cv. Piatã) manejado com base na altura do pasto, recebendo três estratégias de suplementação durante o período chuvoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rezende, José Messias de
Orientador(a): Alexandrino, Emerson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Araguaína
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/173
Resumo: Objetivou-se avaliar três estratégias de suplementação, sobre as características produtivas do pasto e seu reflexo na produção animal. Avaliou-se também o efeito das estratégias de suplementação no comportamento ingestivo de bovinos em pastejo. O experimento foi conduzido na Universidade Federal do Tocantins, na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia - Campus de Araguaína-TO. Foram utilizados 18 bovinos de corte, machos inteiros, com peso vivo inicial de 291±28,23 kg de PV. Os animais foram mantidos em 4,8 hectares de pastagem de capim-Piatã (Urochloa brizantha cv. Piatã), de Janeiro a Maio de 2014. A pastagem foi dividida em 24 piquetes de 0,2 hectares, manejada sob pastejo intermitente, sendo o manejo do pastejo realizado com base na altura do dossel forrageiro compreendido entre 35 a 40 cm, com período de descanso variável, sendo aplicados 60 kg/ha de P2O5 no início do experimento e 50 kg/ha de NK a cada ciclo de pastejo. Os animais do tratamento controle receberam mistura mineral à vontade (MM), e os animais dos tratamentos energético (SE) e protéico-energético (SPE) recebiam diariamente 2 gramas de suplemento para cada quilograma de peso vivo. O ganho médio diário (GMD) foi maior para os animais suplementados com SPE e SE em relação à MM, sendo os ganhos de 1,097; 0,974 e 0,831 kg/animal/dia, respectivamente. Maior ganho de peso total e por área e maior carga animal foi observado para as estratégias de SPE e SE. A taxa de lotação foi de 4,78; 4,56 e 3,84 UA/ha, para as estratégias de SPE, SE e MM, respectivamente. O ganho de peso adicional dos animais recebendo SPE e SE foi de 0,266 e 0,143 kg/animal/dia, respectivamente, em relação à MM. O tempo de pastejo (TP), ruminação (TR) e outras atividades (OA) foram modificados pelas estratégias de suplementação e também pela condição do pasto (entrada ou saída), sendo observado maior TP e menor TR e OA na condição de saída, com TP médio 105,56 minutos a mais e TR e OA de 53,33 e 52,22 minutos a menos, em relação à condição de entrada, independentemente da estratégia de 7 suplementação. Um maior número de refeições com menor tempo por refeição foi verificado na condição de entrada em detrimento à saída, com valor médio de nove refeições com duração de 48,32 minutos. A maior taxa de bocados-TB (bocados/minuto) foi observada na condição de entrada, com valor médio de 41,84 bocados/minuto, porém o número total de bocados foi maior na condição de saída, com valor médio de 20287,98 bocados. Em razão da maior TB, o número de bocados e o tempo por estação alimentar (segundos) foram maiores na condição de entrada, com valor médio de 9,70 bocados com tempo de 13,84 segundos por estação alimentar. Em virtude da menor quantidade de forragem na condição de saída, os animais aumentaram o número total de estações alimentares, e consequentemente, percorreram uma maior área à procura de sítios favoráveis de pastejo. A suplementação estratégica de bovinos em pastejo é uma alternativa economicamente viável para a recria no período das águas e a escolha da estratégia de suplementação deve levar em consideração os objetivos a serem alcançados, a qualidade da forragem disponível e os resultados econômicos desejados.