Análise da multiplicação e desenvolvimento inicial in vitro, e aclimatização de Encyclia flava (Lindl.) Porto & Brade (Orchidaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Jaderson Roney Gomes de
Orientador(a): Ferreira, Wagner de Melo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ecótonos - PPGEE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/2187
Resumo: Devido ao extrativismo e degradação de habitats, especialmente no Cerrado, muitas espécies estão desaparecendo dos seus ambientes naturais. Uma das formas de subsidiar a conservação de espécies orquidáceas é a utilização das técnicas de cultivo in vitro. Essa metodologia tem sido bastante utilizada tanto para fins científicos quanto para fins comerciais. Diante deste contexto, o presente trabalho teve como objetivo estudar aspectos envolvidos com a multiplicação, o desenvolvimento inicial in vitro e a aclimatização de Encyclia flava (Orchidaceae). Foi testada a influência de três meios de cultura no desenvolvimento in vitro dessa espécie: o meio de Knudson (1946) [KC], o meio de Vacin e Went (1949) [VW], e o meio de Murashige e Skoog (1962) nas concentrações de 50% [½MS] e 100% [MS] de seus macronutrientes. Com a finalidade de descrever aspectos estruturais relacionados com a germinação e desenvolvimento inicial in vitro de E. flava, foram realizados estudos morfoanatômicos. Verificou-se também a possibilidade de se multiplicar a espécie por meio de segmentos caulinares crescidos na ausência de luminosidade. Finalmente, foi desenvolvido um protocolo para aclimatização de E. flava utilizando-se substratos comerciais. O meio MS foi o mais favorável para a multiplicação e desenvolvimento in vitro de E. flava. É bastante provável que a maior produção de pigmentos fotossintéticos detectada nas plantas crescendo nesse meio tenha contribuído para esse resultado. As análises morfoanatômicas revelaram que, morfologicamente, a germinação e o crescimento inicial in vitro de E. flava é muito semelhante ao de outras Orchidaceae, além de apresentar algumas características estruturais comuns a outras espécies dessa família que possuem hábito epifítico mesmo quando cultivada sob condições in vitro. Embora em baixas proporções, foi possível realizar a propagação de E. flava por meio de segmentos caulinares estiolados. Para a aclimatização da espécie em estudo, os resultados obtidos sugerem que as plantas cultivadas in vitro devam ser inicialmente transferidas para recipientes comunitários contendo substrato formado por contendo Bioplant e Esfagno na proporção de 2:1 (v:v). Após 60 dias os indivíduos devem ser transplantados para vasos individuais contendo novo substrato composto por Ouro Negro e Bioplant na proporção de 3:1 (v:v). Com essa metodologia, a taxa de sobrevivência final das plantas é de 65%.