O paraíso tropical entre ouro, pedras e palmeiras: percepções ambientais dos barraqueiros das praias artificiais no lago da Usina Hidrelétrica Estreito
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/6780 |
Resumo: | Esta pesquisa corresponde a uma investigação sobre os modos de percepção ambiental dos barraqueiros proprietários de estabelecimentos localizados nas praias artificiais da margem tocantinense do lago da Usina Hidrelétrica Estreito. As praias artificiais foram construídas pelo grupo empreendedor da hidrelétrica, Consórcio Energia Estreito (CESTE) e entregues, a título de medida compensatória, a sete municípios impactados, sendo seis no estado do Tocantins e um no estado do Maranhão; no entanto, a praia localizada no estado do Maranhão não faz parte desta pesquisa. O objetivo geral desta pesquisa buscou analisar a percepção ambiental dos barraqueiros nas práticas de utilização e preservação das praias artificiais localizadas nos municípios de: Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Palmeirante e Palmeiras do Tocantins. Para tanto, foi necessário, a partir dos relatos dos entrevistados, conhecer o desenvolvimento das atividades nas praias naturais, bem como a constituição e gestão das associações de barraqueiros em relação aos impactos causados pela formação do lago da UHE, as estruturas e condições de funcionamento das praias artificiais e os agravamentos causados pelas medidas restritivas impostas pelas gestões municipais para minimizar a disseminação da pandemia Covid-19. Na revisão da literatura, foram utilizadas produções científicas que abordam as temáticas em estudo nesta pesquisa: meio ambiente, turismo, cultura ribeirinha dos barraqueiros, associativismo, conceito de impactado/atingido hídrico, governança municipal, dentre outros. Além disso, foram observadas também as características das praias antes da formação do lago (praias naturais), os indicadores do turismo pós-barragem, bem como os impactos da pandemia Covid-19 nas temporadas de praia dos anos de 2020 e 2021. Para a busca de informações preliminares, foram realizadas visitas de observação na temporada de praia do ano de 2021. No primeiro momento, as visitas concentraram-se na verificação da estrutura física de cada uma delas, bem como na obtenção de contatos com os barraqueiros. No segundo momento, foi realizada a coleta de dados utilizando a entrevista semiestruturada e/ou em profundidade com a participação dos presidentes das associações de barraqueiros que atuam nas praias. Para as análises, foram utilizados documentos e informações obtidas em sites oficiais e acadêmicos, uso da revisão sistemática no levantamento das produções acadêmicas que abordam a mesma temática e a Análise de Conteúdo. Os resultados relacionados à parte estrutural, mostraram: que cada praia é gerida de maneira individual; que os municípios não têm intercooperação na condução da administração dessas praias; que todas as associações de barraqueiros são constituídas legalmente e possuem Estatuto Social e Regimento Interno. De modo geral, a pesquisa constatou que apenas os barraqueiros de duas delas afirmaram possuir o Termo de Cessão de Uso das Barracas. No entanto, em todas as praias há participação da gestão municipal na logística de estruturação para a temporada de praia. |