Letramento em saúde, ameaça de adoecer pela Covid-19 e intenção de vacinar de adolescentes brasileiros
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/5482 |
Resumo: | Objetivo: Analisar a relação do letramento em saúde com a percepção de ameaça à saúde pela COVID-19, intenção de vacinar e com os fatores sociodemográficos e clínicos de adolescentes brasileiros. Método: Estudo transversal com 526 adolescentes brasileiros de 14 a 20 anos incompletos. Os dados foram coletados por meio dos instrumentos: Questionário de caracterização sociodemográfica e do perfil de saúde-doença; Questionário de avaliação de ameaça da COVID-19 e intenção de ser vacinado e Health Literacy Assessment Tool – versão em português, organizados via formulário online. A coleta de dados ocorreu no período de 13 de julho a 30 de setembro de 2021 por meio da ferramenta Google Forms. As associações foram avaliadas por análises bivariadas, regressão linear múltipla com resposta Poisson (artigo 1) e regressão linear múltipla com resposta normal (artigo 2). Resultados: A pontuação média do letramento em saúde foi de 25,3 pontos ±5,4. Melhor letramento em saúde (p=0,010), ter doença cardíaca (p=0,006), menor renda (p=0,000) e morar na região norte (p=0,007) foram fatores que contribuíram para o sentimento de maior ameaça pela COVID-19. Quanto à intenção vacinal, 65,2% (n=343) dos participantes ainda não haviam recebido nenhuma dose contra a COVID-19, 24,9% (n=131) já haviam recebido a primeira dose e 9,9% (n=52) haviam recebido as duas doses da vacina ou a vacina de dose única. Entre os que não haviam iniciado ou completado o esquema vacinal, 86,9% (n=457) pretendiam receber a vacina. A prevalência da intenção de não se vacinar foi menor entre os adolescentes da Região Sudeste comparados aos da Norte (p=0,010), entre os que cursavam ensino superior comparados aos do ensino fundamental (p=0,049), e entre os de maior renda (p=0,000). A intenção de não se vacinar não foi influenciada pelo letramento em saúde, apesar de ser observada uma tendência em que quanto maior a pontuação de letramento em saúde, menor a prevalência de intenção de não se vacinar. Considerando o letramento em saúde como desfecho, fatores como sexo feminino (p=0,014), maior escolaridade (p=0,002) e uso de medicamentos (p=0,020) foram relacionados a maiores níveis de letramento em saúde. Adolescentes com doenças crônicas apresentaram pontuação total do letramento superior, em média 1,51 pontos, quando comparados aos sem doenças crônicas. Conclusão: O letramento em saúde influenciou a percepção da ameaça da doença, mas, não a intenção de não se vacinar. Avaliação da ameaça à saúde pela COVID-19 e a prevalência da intenção de não se vacinar foram influenciadas pela região de residência, renda e escolaridade. O nível de letramento em saúde foi influenciado pelo sexo, escolaridade e uso de medicamentos. Tais fatores reforçam a importância da atuação profissional em intervenções voltadas aos determinantes sociais de saúde e à execução de ações intersetoriais voltadas à saúde do adolescente. |