Reforma agrária no Tocantins: uma análise da luta e conquista da terra a partir do assentamento Paulo Freire I e II, Rio dos Bois -Tocantins
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/333 |
Resumo: | A pesquisa aborda como título dessa Dissertação a reforma agrária no Tocantins: uma análise da luta e conquista da terra a partir do assentamento Paulo Freire I e II localizado no município de Rio dos Bois-TO. Analisado aleatoriamente a partir de entrevista por meio de questionários semiestruturados e áudio com sujeitos que vivenciaram o processo de formação do assentamento. O assentamento é fruto da luta das famílias do acampamento Paulo Freire organizado pelo MST no Estado do Tocantins, montado às margens direita da Rodovia Belém Brasília, BR-153 sentido Sul a Norte, entre a cidade de Rio dos Bois e Miranorte. A pesquisa desenvolvida no assentamento Paulo Freire I e II baseia no referencial teórico de autores que trabalham com a quentão agrária como José de Sousa Martins, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Manoel Correia de Andrade e Caio Prado Junho entre outros. O texto debate alguns fatores que contribuíram para criação do assentamento. Dentre os quais destaco as ações, ideológicas e econômicas da agricultura capitalista, as ações sociais do Estado relacionado à politica de reforma agrária e as ações politicas organizativas dos movimentos sociais e sindicais protagonizadas pelos camponeses na luta pela conquista e reconquista da terra. No Tocantins essas ações e relações se apresentam por meio dos grandes projetos que articulam suas implantações em pontos estratégicos de modo convergir e divergir com relações capitalista e não capitalista de produção, gerando assim inúmeros conflitos no campo. Nesse contexto, apresento a trajetória de luta dos camponeses do assentamento Paulo Freire I e II, suas perspectivas e desafios. Esses camponeses, direta e indiretamente faz parte do histórico processo de exploração e expropriação provocado pela agricultura capitalista. Entretanto estes sujeitos tem se colocado em resistência contra as formas de exploração imposta pelo capitalismo e pelo Estado brasileiro. Uma estrutura politica e econômica que resiste e luta contra mudanças que ameaçam os seus interesses. Diante desse quadro político, econômico e social, os camponeses sem terra percebem que alternativa a ser adotada é se envolver e participar de lutas contra essa estrutura opressora. Um processo que contribui para formação da consciência de classe, sentimento que desperta a partir do engajamento na luta vivenciando situações de conflitos e tensões nos diferentes territórios, espaços e momentos de lutas. (Acampamentos, assentamentos e as manifestações) surgem como forma de aproximação, socialização, formação politica e integração dos camponeses sem terra. Esta relação, de acordo com o nível de organização e participação dos sujeitos no processo produtivo; das ações do Estado, da conjuntura politica, econômica e social que possa garantir a reprodução social da classe no território conquistado |