A representação feminina em Ânsia Eterna, de Júlia Lopes de Almeida
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras - ProfLetras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2056 |
Resumo: | O final do século XIX, embora essencialmente regulado pelas normas patriarcais, trouxe mulheres que enfrentaram, com o poder do conhecimento e das palavras, aqueles que as destinavam à marginalização e ao silenciamento. Nesta pesquisa, conhecemos parte da contribuição de Júlia Lopes de Almeida, quem, desde cedo, adentrou ao mundo da escrita e fez dessa prática seu ofício. Defensora de um sujeito feminino autônomo, emancipado econômica e intelectualmente, explorou em suas obras a capacidade feminina que a sociedade falocêntrica insistia em negar. Na obra Ânsia eterna (2013), porém, a autora traça perfis femininos que representam, mais acentuadamente, a mulher em face da vulnerabilidade e consequências da condição feminina no entresséculos: a submissão, o abandono, o abuso, a loucura, a morte, o suicídio. Ao discutirmos aspectos que versam a respeito do conto, gênero que compõe a obra, aludimos a Cortázar (1974), Todorov (2014), Furtado (1980), entre outros de fundamental importância para a realização do trabalho empreendido. Para o debate das narrativas desenvolvidas e temáticas abordadas, recorremos a teóricas que analisam a produção de autoria feminina, como Eleutério (2005), Telles (2012), Muzart (2003), dentre outros. A análise feita permite-nos ampliar o olhar a um momento de transição de séculos em que sobejavam escritores e críticos literários detentores e legitimadores do discurso. Ler a sociedade da época pelo prisma feminino oferece-nos a possibilidade de enxergar o lado do oprimido e notá-lo representado. Perceber a maneira como se davam as relações entre mulher, familia e sociedade, por meio da ótica crítica, perspicaz e feminina de Júlia Lopes de Almeida, é assenti-la autora de expressiva contribuição na formação basilar da literatura brasileira e reconhecê-la uma toante voz de vozes relegadas ao mutismo. |