Fauna parasitológica de Zungaro zungaro Humeboldt e Valenciennes, 1821 provenientes da Amazônia Brasileira
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/1177 |
Resumo: | Zungaro zungaro é um peixe que compõe o grupo dos bagres e possui a carne apreciada por consumidores em distintas regiões do Brasil. Investigações a respeito de parasitos de peixes com importância econômica no país tem se destacado no meio científico, principalmente porque há registros de helmintos que representam problemas de saúde pública. Assim, no presente trabalho, vinte e cinco peixes da referida espécie foram capturados ao longo do rio Araguaia no período de junho a outubro de 2015, por pescadores devidamente licenciados para realização de três pesquisas distintas. Os peixes tiveram vísceras gastrointestinais, nadadeiras, olhos, brânquias, muco, fígado e baço removidos e acondicionados em frascos individuais com formol a 10%, para investigação de helmintos e ectoparasitos com cálculos de seus respectivos percentuais de infecção. Os parasitos foram coletados com auxílio de um microscópio estereoscópico e mantidos em líquido Railliet & Henry até a identificação. Durante a pesquisa de anisaquídeos foram observados três exemplares de larvas Hysterothylacium sp. com percentual de infecção 8%, intensidade média 1,5, abundância 0,12 e variação de intensidade 1-2, sendo o primeiro relato deste helminto em Zungaro zungaro com os cálculos de indicadores de infecção na bacia Tocantins-Araguaia. As larvas de Hysterothylacium sp. representam problemas de saúde pública, carecendo de estudos aprofundados a respeito de suas características, requerendo medidas sanitárias no manejo pós-abate, bem como cuidado no descarte de vísceras e no preparo do alimento. Durante a pesquisa de helmintos, vinte e três peixes apresentaram infecção (92%), totalizando 135 parasitos coletados de estômago, intestino, vesícula, baço e fígado, com registro dos nematódeos Cucullanus patoi, C. pseudoplatystomae, C. pinnai e Hysterothylacium sp., o trematódeo Allocreadium sp., o cestódeo Monticellia siluri e o pentastomídeo Sebekia sp., que apresentaram percentuais de infecção 12%, 24%, 28%, 8%, 76%, 24% e 8%, respectivamente. A pesquisa revelou o primeiro registro do cestódeo Monticellia siluri em Zungaro zungaro e do trematódeo Allocredium sp. em bagres pimelodídeos no Brasil. No decurso da investigação a cerca de ectoparasitismo, dois peixes apresentaram parasitismo por Miracetyma piraya e Argulus sp. que perfizeram 19 parasitos recuperados de brânquias do Zungaro zungaro sendo que o percentual de infecção para ambos ectoparasitos foi de 4% e as intensidade 1 e 18 para Miracetyma piraya e Argulus sp. respectivamente. Com o aumento das pisciculturas no rio Araguaia, principalmente em relação aos projetos de implantação de tanques-rede, torna-se necessário o conhecimento de espécies helmintológicas existentes nessa bacia e o acompanhamento da evolução desse parasitismo nas espécies nativas, |