Adolescentes Atendidos pela Unidade de Semiliberdade em Araguaína/TO (2018-2022): Aspectos da Segregação Socioespacial
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
PPGDIRE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/7054 |
Resumo: | Neste trabalho, realizamos uma investigação acerca dos dados de adolescentes em conflito com a lei atendidos na unidade de semiliberdade de Araguaína/TO, no período de 2018 a 2022, a fim de relacionarmos com a segregação socioespacial, tendo em conta Araguaína como uma cidade média. Dessa forma, nosso objetivo geral foi analisar, tendo por base os dados referentes aos adolescentes foco da pesquisa, como Araguaína/Tocantins, na condição de cidade média, deixa entrever certa segregação socioespacial para a adolescência, cujos objetivos específicos foram: identificar, por setores censitários, as ocorrências dos atos infracionais, bem como os respectivos itens subtraídos pelos adolescentes alvos do estudo; analisar a distribuição de equipamentos públicos comunitários e de seus serviços no setores de moradia dos adolescentes, de modo a construir uma relação entre adolescência e oportunidades sociais; identificar e analisar o deslocamento geográfico dos adolescentes no movimento de se cometer o ato infracional, de maneira a pensar em pontos de rarefação ou de concentração. A metodologia empregada consistiu em uma pesquisa documental, de cunho descritivo, abordagem quantiqualitativa, método dialético, nos valendo de dados secundários coletados junto à unidade de semiliberdade, a partir de arquivos físicos e digitais, bem como registros fotográficos para analisar as contradições no espaço urbano de Araguaína/TO. Entre os principais resultados encontrados, enfatizamos que a maioria dos adolescentes que passaram pela unidade de semiliberdade de Araguaína no período pesquisado, são oriundos de setores periféricos, e que há nesses setores a presença de determinados equipamentos públicos comunitários, porém, esse fato parece não estar contribuindo efetivamente para a atenuação dos atos infracionais e a redução das desigualdades sociais, decorrentes da segregação socioespacial. Assim, salientamos a necessidade de uma inclusão social desse segmento, por meio do acesso mais igualitário a oportunidades de estudo, trabalho, lazer, esporte e cultura. Os equipamentos públicos comunitários podem contribuir para essa inclusão, a depender da prestação de serviços e a forma como são utilizados, se contemplam as reais necessidades da população juvenil desses bairros. |