Fatores de risco na mortalidade de pacientes brasileiros hospitalizados com Covid-19: clínicos, sociais, econômicos e regionais
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional de Sistemas - PPGMCS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/5208 |
Resumo: | No ano de 2020, o Brasil ocupou o terceiro lugar mundial em números de casos e o segundo lugar em mortes por COVID-19. Entender os fatores de riscos, desigualdade social e étnicas em saúde é de suma importância, conforme a multiplicidade populacional e suas fragilidades políticas e econômicas. O contexto do Brasil tem apresentado gravidade no surto, pelos fatores sociais e econômicos e por sua composição racial complexa. O objetivo desta pesquisa foi definir os fatores de risco de mortalidade dos pacientes que necessitam de hospitalização durante a infecção do vírus COVID-19, a partir das suas características econômicas, sociais e epidemiológicas. Foram utilizados dados públicos de 1.956.350 registros epidemiológicos de pacientes brasileiros que procuraram assistência hospitalar na pandemia COVID-19 de fevereiro/2020 a maio/2021. A estatística descritiva permitiu quantificar o impacto da pandemia, demonstrando as diferenças entre regiões, etnias, idades e as comorbidades registradas. Para a análise de predição, foi utilizado o método de regressão logística. Foram avaliados os fatores relacionados de o paciente evoluir para o óbito, considerando suas comorbidades e seus fatores sociais, primordialmente sua renda relativa e se é analfabeto. As chances de morte são maiores entre pacientes com comorbidades, doenças neurológicas (1,99) e renal (1,97) e distúrbios da imunodeficiência (1,69). Enquanto a renda relativa (2,45) indica que os fatores sociais têm maior influência na mortalidade do que as comorbidades estudadas. Os pacientes residentes na região Norte têm maior chance de mortalidade em relação aos do Centro-Sul. Concluímos que as circunstâncias socioeconômicas, que também foram extremamente significativas, tiveram um impacto mais forte nos riscos de mortalidade COVID- 19 no Brasil durante o período do estudo do que as comorbidades que ocorrem naturalmente (doenças neurológicas, renais e de imunodeficiência). Dado que mais pessoas são suscetíveis a circunstâncias empobrecidas, as variáveis regionais nas taxas de mortalidade são importantes. |