Estratégia de controle de podridão mole (Rhizopus Stolonifer) em uva (Vitis Vinifera brs Carmem)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Corrêa, Tatiana Maracaípe
Orientador(a): Pimenta, Raphael Sanzio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos - PPGCTA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/2698
Resumo: As doenças pós-colheita em uvas causam perdas consideráveis de frutos durante o transporte e armazenamento. Os fungicidas sintéticos são métodos usualmente usados para controlá-los. No entanto, a tendência recente consiste na utilização de métodos mais seguros e sustentáveis para o controle da deterioração pós-colheita. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo propor uma estratégia sustentável e eficaz para o controle de R. stolonifer em uvas, por meio da utilização de leveduras antagonistas isoladas do fruto, assim como associar o controle biológico das leveduras a substâncias GRAS. Foram isoladas leveduras epifíticas de amostras de uvas da espécie Vitis vinifera BRS Carmem e de mosto na fase inicial e final da fermentação. A seleção das leveduras antagonistas biocontroladoras constou da avaliação de teste de crescimento a 4, 10, 25, e 37°C, avaliação da produção das enzimas pectinase e celulase e avaliação da produção de substâncias antagônicas contra o fitopatógeno. Foi testado o efeito antifúngico de diferentes substâncias GRAS contra R. stolonifer e verificada a capacidade das leveduras crescerem em diferentes concentrações de sustâncias GRAS. Após a seleção, foi avaliado a eficácia do biocontrole desenvolvido pela levedura em uvas contra R. stolonifer, através do biocontrole tradicional e integrado. Foi obtido um total de 38 isolados de leveduras sendo agrupados em 14 morfotipos distintos. Dentre estas, foram selecionadas duas leveduras para utilização como possíveis agentes de biocontrole, sendo identificadas molerculamente como Hanseniaspora guilliermondii e Saccharomyces cerevisiae. Nos testes in vivo de controle biológico Saccharomyces cerevisiae conseguiu reduzir sozinha a incidência da doença causada por R. stolonifer em cerca de 56% e 70% a severidade, já no biocontrole integrado a substância GRAS (bicarbonato de sódio) em conjunto com a S. cerevisiae reduziu 80% a incidência e 84% a severidade. O isolado identificado como H. guilliermondii reduziu sozinho a incidência em 64% e 74% a severidade, sendo que no teste integrado com bicarbonato de sódio reduziu a incidência da doença em 80% e a severidade a 88%. Isso demonstra que a seleção destas leveduras podem constituir uma estratégia promissora de biocontrole utilizada para o controle da podridão mole em uvas.