Análise do processo de (in)visibilidade por meio de indicadores de gestão das unidades estaduais de conservação da natureza de proteção integral: o caso dos parques estaduais do Tocantins
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2822 |
Resumo: | As Unidades de Conservação (UCs) desempenham um papel importante na proteção de áreas para conservação ambiental e nas políticas ambientais de conservação. A continuidade das UCs vem sendo ameaçada por ações de natureza política, falta de disponibilidade de recursos para manutenção e, em muitas situações, pela constante mudança de seus gestores. O objetivo geral desta pesquisa, foi analisar o processo de (in)visibilidade e problemas identificados pela gestão do Parque Estadual do Cantão (PEC), Parque Estadual do Jalapão (PEJ) e Parque Estadual do Lajeado (PEL) que compõem as UCs na categoria Parque Estadual de Proteção Integral do estado do Tocantins a partir da análise dos dados da Ferramenta Management Effectiveness Tracking Tool (METT) e análise do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) de seus gestores. Os resultados da pesquisa apontaram, dentre outros fatores, que os Parques possuem problemas em comum, sendo o PEC o melhor avaliado, seguido do PEJ e do PEL, que obteve as piores avaliações pelos gestores ao longo do período de 2009 a 2019. Observou-se ameaças recorrentes, de forma semelhante, nas três UCs que prejudicam a gestão e a visibilidade das mesmas. Entre essas ameaças, estão o reduzido número de funcionários, a necessidade de capacitação dos servidores, e o baixo conhecimento dos Parques por parte dos moradores do entorno, questões mencionadas pelos gestores. Os registros realizados entre o período de 2009 e 2019, auxiliam no entendimento de que as UCs sofrem diretamente os reflexos da morosidade das ações governamentais e que os gestores priorizam a resolução de situações problemáticas momentâneas em detrimentos de outras. Os DSCs identificados, demonstram que os gestores compartilham dos mesmos problemas e preocupações quanto a gestão das UCs do Tocantins. As perspectivas futuras sobre as UCs estudadas no estado do Tocantins são uma incógnita. Sabe-se da existência de ameaças externas vindas do avanço do setor imobiliário, agropecuário, da flexibilização de leis que as protegem e de estudos para a privatização do PEJ. Soma-se a tudo isso os problemas sociais e os impactos das UCs em comunidades locais e tradicionais pela forma com que foram criadas. Entretanto, o órgão responsável pelas UCs no estado não consegue atender a tempo e nem todas as demandas provenientes dos gestores dos Parques. Por fim, observou-se que o processo de monitoramento utilizado pelo governo estadual apresenta fragilidades, o que pode indicar que o governo está indiretamente contribuindo para a invisibilidade dessas áreas. |