As UHES Peixe Angical e São Salvador e o desenvolvimento socioeconômico dos municípios de Paranã, Peixe e São Salvador do Tocantins: prognóstico x realidade
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/1711 |
Resumo: | A matriz energética do Brasil conta com participação expressiva das usinas hidrelétricas, responsáveis por cerca de 64% da energia elétrica gerada no país. Estes empreendimentos são exaltados pela política nacional do setor por assegurarem menor custo de produção e impacto ambiental se comparados a outras fontes de geração elétrica, além de contribuírem para o desenvolvimento regional e local. Estudos de viabilidade técnica ressaltam sobremaneira estas últimas vantagens, ao ponto de traçarem cenários positivos da influência dos empreendimentos hidrelétricos sobre municípios e regiões, apontando benefícios como a geração de empregos, dinamização da economia local no setor privado e da receita municipal, bem como à melhoria da infraestrutura, dos serviços e equipamentos públicos em nível local. Foi o que aconteceu no Estado do Tocantins, onde a construção de usinas hidrelétricas, a partir de 1998 e intensificada nos anos 2000, representou um projeto de desenvolvimento visando, além de contribuir com o fornecimento de energia para o Sistema Interligado Nacional, reverter o subdesenvolvimento vivenciado há séculos por municípios e comunidades. Quatro empreendimentos hidrelétricos foram construídos ao longo do rio Tocantins entre 1998 e 2012, todos no Estado do Tocantins, impactando diversos municípios. Neste trabalho avaliamos o desempenho socioeconômico de três municípios tocantinenses no período de 2006 até 2016, sendo estes Paranã, Peixe e São Salvador do Tocantins, impactados pelas UHEs Peixe Angical e São Salvador, a fim de constatar se a implantação dos empreendimentos contribuiu, de fato, com o desenvolvimento socioeconômico, resultando em melhorias das condições de vida das comunidades e regiões afetadas, tal qual preconizava as previsões da Avaliação Ambiental Integrada da Bacia do Rio Tocantins, que previu um ritmo acelerado de desenvolvimento das localidades a médio prazo (até 2015) em função das usinas hidrelétricas. Como metodologia foi utilizada a análise de documentos, análise de conteúdo e entrevistas em profundidade. Os resultados apontam que houve aumento da receita municipal nos três municípios. No entanto, os indicadores socioeconômicos revelaram índices de desenvolvimento econômico e social não correspondentes às previsões contempladas no estudo de planejamento da bacia e aos discursos de grupos políticos e empresariais. |