Investigação da atividade antibacteriana de espécies de plantas do cerrado contra bactérias responsáveis por infecções do trato urinário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Thomazi, Gabriela Ortega Coelho
Orientador(a): Bertolin, Aparecido Osdimir
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/3657
Resumo: Estudos que investigam as propriedades antimicrobianas de plantas medicinais aumentaram consideravelmente nos últimos anos, refletindo a mudança de cenário em relação às espécies vegetais de uso terapêutico, que foram gradativamente substituídas por medicamentos sintéticos, mas que retornam com interesse aumentado, tanto pela sociedade, profissionais de saúde e pesquisadores, reproduzindo o panorama atual de valorização da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais. O Stryphnodendron adstringens e a Hancornia speciosa, árvores características do Cerrado, têm várias aplicações na medicina tradicional no tratamento de enfermidades como feridas, hemorragias, diarréias, cérvico-vaginites, infecções, úlceras, entre outras. O potencial terapêutico destas plantas constitui uma das alternativas para os problemas relacionados às infecções do trato urinário, que estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica, constituindo o tipo mais corriqueiro de infecção hospitalar, podendo levar a complicações como problemas renais e até a morte. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antibacteriana dos extratos da casca e das folhas do Stryphnodendron adstringens e da Hancornia speciosa contra bactérias isoladas de amostras positivas de urocultura, pelo método da difusão em ágar pela técnica de poços e pela determinação da concentração inibitória mínina. Na difusão em ágar, os extratos da casca do S. adstringens e das folhas da H. speciosa apresentaram o maior potencial antibacteriano, seguidos da casca da H. speciosa e folha do S. adstringens. Nesta técnica, as bactérias Gram positivas mostraram-se mais sensíveis. Na determinação da CIM, os extratos da casca e das folhas do S. adstringens e das folhas da H. speciosa foram mais ativos para as bactérias Gram-negativas. Os extratos foram testados contra os microrganismos: Citrobacter sp., Enterobacter agglomerans, Enterobacter sp., Escherichia coli, Klebsiella ornithinolytica, K. oxytoca, K. ozaenae, Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus, S. epidermidis, S. saprophyticus e S. sp. A partir dos resultados obtidos, verificou-se que os extratos da casca do S. adstringens e das folhas da H. speciosa possuem grande potencial antimicrobiano, destacando-se como espécies vegetais promissoras para a elaboração de produtos terapêuticos e sugerindo a necessidade de estudos complementares no sentido de isolar as substâncias responsáveis por estas características e a realização de testes toxicológicos para viabilizar sua utilização em humanos.