Investigação da atividade antibacteriana de espécies de plantas do cerrado contra bactérias responsáveis por infecções do trato urinário
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/3657 |
Resumo: | Estudos que investigam as propriedades antimicrobianas de plantas medicinais aumentaram consideravelmente nos últimos anos, refletindo a mudança de cenário em relação às espécies vegetais de uso terapêutico, que foram gradativamente substituídas por medicamentos sintéticos, mas que retornam com interesse aumentado, tanto pela sociedade, profissionais de saúde e pesquisadores, reproduzindo o panorama atual de valorização da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais. O Stryphnodendron adstringens e a Hancornia speciosa, árvores características do Cerrado, têm várias aplicações na medicina tradicional no tratamento de enfermidades como feridas, hemorragias, diarréias, cérvico-vaginites, infecções, úlceras, entre outras. O potencial terapêutico destas plantas constitui uma das alternativas para os problemas relacionados às infecções do trato urinário, que estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica, constituindo o tipo mais corriqueiro de infecção hospitalar, podendo levar a complicações como problemas renais e até a morte. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antibacteriana dos extratos da casca e das folhas do Stryphnodendron adstringens e da Hancornia speciosa contra bactérias isoladas de amostras positivas de urocultura, pelo método da difusão em ágar pela técnica de poços e pela determinação da concentração inibitória mínina. Na difusão em ágar, os extratos da casca do S. adstringens e das folhas da H. speciosa apresentaram o maior potencial antibacteriano, seguidos da casca da H. speciosa e folha do S. adstringens. Nesta técnica, as bactérias Gram positivas mostraram-se mais sensíveis. Na determinação da CIM, os extratos da casca e das folhas do S. adstringens e das folhas da H. speciosa foram mais ativos para as bactérias Gram-negativas. Os extratos foram testados contra os microrganismos: Citrobacter sp., Enterobacter agglomerans, Enterobacter sp., Escherichia coli, Klebsiella ornithinolytica, K. oxytoca, K. ozaenae, Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus, S. epidermidis, S. saprophyticus e S. sp. A partir dos resultados obtidos, verificou-se que os extratos da casca do S. adstringens e das folhas da H. speciosa possuem grande potencial antimicrobiano, destacando-se como espécies vegetais promissoras para a elaboração de produtos terapêuticos e sugerindo a necessidade de estudos complementares no sentido de isolar as substâncias responsáveis por estas características e a realização de testes toxicológicos para viabilizar sua utilização em humanos. |