A arte e o niilismo: Albert Camus e o ethos do absurdo e da revolta
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho
São Paulo |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/1102 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é analisar o niilismo que permeia as produções culturais e o pensamento contemporâneos, a partir dos conceitos de absurdo e revolta de Albert Camus (1913-1960), como ethos possível de uma vida que não se nega a si mesma e se faz semelhante à arte, a saber: criadora. Trata-se de buscar compreender a época das duas guerras mundiais (primeira metade do século XX), em que assassinatos e crueldades receberam estatuto de inocência e razoabilidade por parte da filosofia e da ciência. Neste cenário, a arte compartilha do espírito hodierno da revolta. Mas, ao mesmo tempo, serve de parâmetro de uma ação que busca a unidade na criação, sem cair na negação niilista do suicídio, do assassinato ou de regimes totalitários. Para esta análise, a metodologia hermenêutica empregada consiste numa imersão na obra ensaística, romanesca e dramatúrgica de Camus que busca, ao longo de seus textos, individuar e discutir a problemática niilista em relação com a arte, dentro das preocupações estéticas e poéticas, as quais constituem o horizonte reflexivo do autor. Também lançamos mão das reflexões de Nietzsche como obra de apoio para desenvolver o significado, a origem e a história do niilismo. A partir disso, dividimos a nossa tese em três capítulos: 1 – diagnóstico histórico do niilismo com base no pensamento nietzschiano e na apropriação que o franco-argelino fez do pensador alemão; 2 – a abordagem da relação entre o conceito de niilismo e absurdo e como este se torna um modelo de vida e de fazer artístico; 3 – a constatação da revolta como resposta ao niilismo e ao absurdo e os seus desdobramentos, éticos e estéticos de solidariedade, diálogo e criação. Assim, o nosso trabalho que é de natureza teórica, bibliográfica, de intertextualidade e analítica, mostra a arte como modelo de resistência e criação perante uma realidade cultural e socialmente conhecida como niilista. |