Intensidade de desfolhação orientada pelo resíduo de lâmina foliar no pós-pastejo de bovinos em capim-Piatã.

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Costa Junior, Wagner Soares da
• Orientador(a): Alexandrino, Emerson
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins; Araguaína
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
• País: BR
• Palavras-chave em Português: Análise de crescimento, comportamento ingestivo, desempenho animal, morfogênese.
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/6114

Objetivou-se avaliar o manejo do capim-Piatã, e para isso foram realizados dois ensaios. O primeiro consistiu do acompanhamento da evolução do capim-Piatã durante 49 dias, adubado com 40 e 80 kg ha-1 de nitrogênio e potássio, avaliando o perfilhamento, biomassa de forragem, índice de área foliar (IAF), interceptação da radiação fotossinteticamente ativa (IRFA), taxa de crescimento relativo (TCR), taxa assimilatória liquida (TAL). O segundo ensaio realizado foi a terminação de bovinos anelorados manejados em sistema intermitente, com altura de entrada fixada em 35 a 40 cm, e o momento de saída três resíduos de lâmina foliar (2, 4 e 6 cm). As características morfogênicas e estruturais foram acompanhadas ao longo de duas épocas de crescimento (águas e águas-seca), enquanto, que as características agronômicas e químicas da forragem foram estudadas ao longo de cinco ciclos de pastejo, utilizando 18 animais, manejados em 4,8 ha de capim Piatã dividida seis módulos de quarto piquetes de 0,2 ha. O comportamento ingestivo e o padrão de deslocamento dos animais foram avaliados em duas condições (entrada e saída). A altura do dossel apresentou crescimento linear, atingindo 70,25 cm aos 49 dias na maior adubação. O perfilhamento, decresceu nas últimas três semanas. A IRFA evoluiu assintoticamente, com valores de máxima de 94% em ambas as adubações. Os valores de TCR e TAL exibiram evolução assintótica decrescente, devido à grande proporção de colmo no dossel, ao longo da avaliação de 49 dias. As características morfogênicas não foram influenciadas pelos tratamentos e estações, que promoveu pouca alteração nas características estruturais, apenas comprimento médio de bainha (CMB) na estação e densidade populacional de perfilhos (DPP). O maior valor encontrado para CMB, na estação das águas 210,37 mm versus 175,89 mm para a transição. A DPP apresentou o menor valor 680 perfilhos m-2 com a maior remoção (2 cm). O resíduo de lâmina foliar apresentou pouco efeito sobre o comportamento animal, sendo mais influenciado pelas condições do pasto, entrada e saída, devido a maior massa de forragem na entrada, os animais reduziram tempo de pastejo, tempo por refeição, número de bocados, número total de bocados, número total de estação, número total de passos e aumentaram o tempo de duração de intervalo de refeição e tempo por estação alimentar. O desempenho animal foi diretamente influenciado pelo RLF, com menor ganho médio diário (GMD) aos 2 cm (0,575 kg animal-1 dia-1 ) e maior aos 6 cm (0,753 kg animal-1 dia-1 ), em parte, esse fato esteve associado ao maior deslocamento dos animais em pastos com maior intensidade de remoção, apesar disso, o menor ganho de peso foi compensado pela maior taxa de lotação (TL) para essa estratégia (6,60 UA) em relação a de maior resíduo de lâmina pós-pastejo (5,32 UA), o que manteve o ganho de peso por área constante para os manejos (615,30 kg ha-1 ). A adubação muda a janela de manejo do capim Piatã e pode ser manejado com as três estratégias pós-pastejo avaliadas (2; 4 e 6 cm) desde que o período de descanso seja variável respeitando o crescimento da planta.