No banzeiro do lago: a (in) sustentabilidade do turismo na representação dos barqueiros atingidos pela UHE Estreito em Babaçulândia-TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Zagallo, Ana Daisy Araújo
Orientador(a): Ertzogue, Marina Haizenreder
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/993
Resumo: Na esteira dos estudos sobre os impactos socioambientais das hidrelétricas na região amazônica, esta pesquisa teve como objetivo demonstrar a (in) sustentabilidade turística do município de Babaçulândia-TO na perspectiva dos barqueiros atingidos pela Usina Hidrelétrica Estreito que, ao se instalar no rio Tocantins, extinguiu suas rotas de navegação e interrompeu o turismo sazonal dos quais sobreviviam. Com base nos pressupostos teórico-analíticos da Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, as representações dos barqueiros foram tomadas, nesta pesquisa, como indicadores da sustentabilidade turística. De natureza qualitativa, o estudo adotou uma estratégia multimétodos, combinando técnicas da história oral, observação assistemática e entrevista semiestruturada. Sendo um conhecimento socialmente construído, as representações dos barqueiros não apenas expressam suas próprias impressões sobre as perdas materiais e simbólicas decorrentes do empreendimento hidrelétrico, como também projetam as mazelas e os anseios de uma comunidade que tenta superar os efeitos das transformações decorrentes da barragem do rio Tocantins em suas vidas. Nesse sentido, buscou-se demonstrar como a descaracterização do lugar e do modo de vida ribeirinho interromperam o ciclo de vida turístico da cidade, provocando seu declínio precoce e comprometendo sua sustentabilidade. Assim, considerando que a insustentabilidade turística constitui um passivo socioambiental da UHE Estreito, as representações sociais dos barqueiros tornaram-se elementos concretos, produtos de uma dimensão simbólica que refletiram uma realidade capaz de qualificar o desenvolvimento do turismo no contexto pós-hidrelétrica.