Descrição de novos espécimes de folhas fósseis provenientes da Bacia do Abunã, Quaternário, Rondônia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Aline Lopes dos
Orientador(a): Oliveira, Etiene Fabbrin Pires
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ecótonos - PPGEE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/526
Resumo: A Bacia Sedimentar do Abunã está localizada junto à calha do Rio Madeira, no estado de Rondônia - Brasil, e caracteriza-se por um relevo plano, resultante de processos de acumulação de sedimentos fluviais ao longo do Quaternário. Dentro desse contexto, há nos últimos anos um aumento de trabalhos publicados, relatando as características paleoambientais e paleoclimáticas dessa região. O presente estudo tem como objetivo descrever a morfologia foliar e realizar o reconhecimento taxonômico de quatro folhas fósseis coletadas no afloramento Estaca 93 (09°16'25.05"S; 64°38'16.87"W), no canteiro de obras da Usina Hidroelétrica de Jirau (UHE). As amostras passaram por preparação curatorial prévia, sendo que foram numeradas e embaladas com filme PVC e colocadas em moldes de parafina. A datação para a camada da qual provém o material aqui analisado, já foi apresentada em trabalhos anteriores, apresentando idade de ±43.500 A.P. Os espécimes foram fotografados e os padrões de venação redesenhados. O reconhecimento taxonômico foi realizado com base na chave de identificação de angiospermas seguindo o detalhamento proposto pelo Manual de Arquitetura Foliar, sendo que também foram comparados com representantes da flora amazônica atual através de consulta a bibliografia específica. A partir da presença de elementos típicos foi possível registrar a ocorrência de duas famílias sendo elas: Chrysobalanaceae, por meio de venação primária pinada e secundária semicraspedódroma, venação oposta e alterna na mesma folha determinando o registro de um novo morfogênero e morfoespécie, aqui temporariamente denominado de Morfotipo 02; Calophyllaceae, com venações secundárias numerosas, paralelas entre si, preenchendo todo o campo foliar, definindo a descrição de uma nova morfoespécie para gênero Calophyllum, aqui temporariamente denominada Calophyllum sp1. A presença dessas famílias indica similaridade com a flora atualmente estabelecida na região, possibilitando ainda a inferência de um paleoclima muito similar ao existente. Deste modo, esta descoberta corrobora aos estudos anteriores que postulam a presença de uma floresta tipicamente tropical já estabelecida desde pelo menos ±43.500 anos, correspondentes ao Pleistoceno Superior.