Novos registros de angiospermas pleistocênicas para formação Rio Madeira, bacia do Abunã, Rondônia, Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ecótonos - PPGEE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2833 |
Resumo: | A paleobotânica é uma ciência multidisciplinar na qual a botânica e a geologia se interligam no estudo das plantas fósseis, visando a reconstrução dos fitofósseis isolados e/ou fragmentados e a compreensão da relação das plantas fósseis com as plantas atuais, bem como sua trajetória evolutiva. Devido a abundância de folhas fósseis nas assembleias fossilíferas foram desenvolvidas metodologias de classificação taxonômica com base na arquitetura foliar, sendo esses caracteres amplamente utilizados para o estabelecimento de inferências paleoambientais baseadas na relação das características da fisionomia foliar com as variáveis ambientais. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é definir o padrão de arquitetura foliar de folhas fósseis de angiospermas provenientes do Pleistoceno Superior da Bacia Sedimentar do Abunã, estabelecendo suas afinidades sistemáticas e taxonômicas, e assim contribuir para a caracterização da paleobiodiversidade da área de estudo ao longo do Pleistoceno Superior. Os materiais de estudo são provenientes da área de abrangência da Usina Hidrelétrica de Jirau, localizada no Estado de Rondônia, coletados no Afloramento Estaca 93, Formação Rio Madeira, Bacia Sedimentar do Abunã. As folhas foram analisadas em estereomicroscópio, com auxílio de paquímetro para as mensurações. Para documentação gráfica, foram obtidas macrofotografias com câmera digital e microfotografias em estereomicroscópio. As fotografias foram redesenhadas (line drawing) com o intuito de detalhar o padrão de venação até a ordem preservada. A descrição da arquitetura foliar seguiu as terminologias propostas no Manual de Arquitetura Foliar, e a fim de se realizar a identificação até o nível taxonômico possível, os materiais foram comparados com espécimes já descritos na literatura paleobotânica e em inventários botânicos atuais. Os resultados apresentam a descrição e afinidade botânica de sete espécimes foliares de angiospermas, sendo três desses espécimes incluídos apenas como pertencentes às Eudicotiledôneas, dois com afinidades a família Moraceae e dois a família Myrtaceae. A distribuição atual e a tolerância ambiental dessas famílias demonstram que ambas estão mais relacionadas a regiões de clima tropical úmido, o que vem a ser confirmado com base nos detalhes morfológicos preservados. Portanto, nossos dados corroboram com outros trabalhos realizados com a paleoflora do contexto Amazônia, que inferem a presença de uma floresta tropical e um clima semelhante ao atual no Pleistoceno Superior. |