Estratégias de inclusão produtiva de produtores na cadeia de valor do leite em Palmas – TO: uma análise a partir da teoria de upgrading
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - PPGDR
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2183 |
Resumo: | Atualmente vivemos em um mundo globalizado, onde existem grandes e rápidos fluxos de informações e um nível tecnológico nunca antes vivenciado pela sociedade. Neste contexto, a cadeia do leite é importante, sendo um dos setores de maior destaque tanto no aspecto produtivo quanto agroindustrial. A cadeia é responsável por alimentar milhões de pessoas, gerar renda especialmente para pessoas carentes em países em desenvolvimento, empoderar mulheres e movimentar a economia. No Brasil, no estado do Tocantins e, particularmente, no município de Palmas a cadeia tem apresentado um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social. Diante do exposto, esta pesquisa teve o objetivo de compreender as barreiras que dificultam a inclusão econômica dos produtores de leite da região de Palmas - TO e propor estratégias que melhorem sua posição na cadeia de valor. Para alcançar o objetivo foi adotada uma metodologia que consistiu na coleta de dados por meio de pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas semiestruturadas a atores da cadeia leiteira de Palmas e o arcabouço teórico utilizado foi o de Cadeia Global de Valor, focando na dimensão upgrading. Foram entrevistados 65 atores, sendo 40 produtores de leite, sete atravessadores, um laticínio, cinco gerentes de super e hipermercados, dois fiscais, dois gerentes de agências bancárias e oito profissionais autônomos ou servidores de instituições públicas. A amostragem foi do tipo orientada e não probabilística por meia da técnica Snow Ball e para o fechamento das amostras foi utilizada a técnica da saturação teórica. O estudo mostrou que os produtores de leite são predominantemente de pequeno porte (65%) produz leite em pequenas propriedades, sendo que 52,5% dos produtores exercem a atividade em propriedades com até 20 hectares. A atividade é uma importante fonte de renda para as famílias, mas não a principal, pois 82,5% possuem outro trabalho. A pesquisa também evidenciou que o leite é o principal produto comercializado e o mais rentável, segundo 75% dos produtores entrevistados. Em seguida vem o queijo frescal, a coalhada, o queijo meia cura, o requeijão e a manteiga. Além disso, os produtores possuem uma experiência significativa na atividade leiteira, com média de 22,8 anos de experiência. Apesar de gostar da atividade (95%), a maioria não pretende realizar investimentos na mesma (65%) em razão da idade e das dificuldades enfrentadas na cadeia. Não há cooperativa no setor leiteiro e os produtores são desunidos, dificultando o crescimento da cadeia. Os principais gargalos identificados na etapa de produção foram problemas com a alimentação animal, alto custo de insumos, falta de capital para investir na atividade, deficiente assistência técnica, dificuldades com relação á mão de obra para trabalhar na atividade e baixa escolaridade dos produtores de leite e de seus funcionários. Na etapa de comercialização se destacaram a inadequação ás normas e aspectos culturais. Foram encontrados upgrading por produto, processo, intracadeia e intercadeia, mas a cadeia ainda é muito informalizada. As principais estratégias de upgrading aos produtores são a união destes em associações e/ou cooperativas, especialização produtiva, formação e certificações como o S.I.M., Selo Arte, Selo Artesanal e Selo Orgânico. |