Use of compounds from neotropical plants to control disease-causing bacteria, viruses and insects
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Bionorte
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/3454 |
Resumo: | aumento de mortes causadas por microrganismos, seja pela resistência aos antibióticos, pelo surgimento de novas doenças e ainda pela alta transmissão por insetos vetores de doenças, surge a necessidade do desenvolvimento de tratamentos alternativos. Nesse sentido o uso de plantas oriundas de regiões neotropicais vem surgindo como forma promissora de bioprospecção de novas moléculas, em razão da alta biodiversidade dessa região. Plantas como Siparuna guianensis e Chiococca alba vem sendo estudadas por apresentarem em sua composição química compostos com ação contra esses alvos. O óleo essencial de S. guianensis possui em sua composição as moléculas de Germacrene B e D as quais apresentaram excelentes resultados nos testes de docking molecular realizados e no controle de bactérias patogênicas (Por exemplo, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Streptococcus pyogenes). As análises in silico indicaram alta afinidade entre alguns componentes principais do óleo essencial (por exemplo, Germacrene B) e sítios ativos de DNA e RNA polimerases bacterianas, o que indica possíveis prejuízos nos processos de replicação de células bacterianas patogênicas. Ao mesmo tempo, devido às suas características de alta volatilidade no controle de insetos vetores como o Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus, o uso de técnicas de encapsulamento se faz necessário para aumentar seu potencial larvicida. Houve liberação contínua de óleo essencial durante o período de contato com as larvas, e a partícula OS1:3, na concentração de 1,667 mg/cm³, ao longo de 16 dias apresentou mortalidade de 50%, aumentando assim a capacidade larvicida em relação ao óleo essencial in natura, em frente às larvas de 3º ínstar de A. aegypti e C. quinquefasciatus. Os bioensaios com as micropartículas ainda se mostraram seguros ao organismo não alvo zebrafish. Outro potencial alvo de plantas neotropicais se dá no controle do vírus Sars-CoV-2. O extrato metanólico de C. alba se mostrou promissor em testes de laboratório, apresentando alto índice de seletividade para controle de infecção de células Vero E6 contra Sars-CoV-2. Os estudos in silico demonstraram que a naringina e a vitexina se ligam aos receptores ACE2 x Spike com melhores valores de afinidade energética. Ensaios clínicos com humanos mostraram que o sachê e o chá preparado das raízes de C. alba, ao final do tratamento, apresentaram número significativo de pacientes com teste RT-PCR negativo e ainda a redução dos sintomas clínicos. Esses produtos não apresentaram reações adversas aos humanos, com resultados promissores contra Sars-Cov-2. Portanto podemos dizer que os resultados encontrados são promissores na bioprospecção de novas moléculas, demonstrando assim a importância do estudo de novas aplicações para as plantas oriundas da região neotropical. |