Economia solidária no Tocantins: desenvolvimento versus vulnerabilidade
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UFT
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Demandas Populares e Dinâmicas Regionais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BRASIL
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2213 |
Resumo: | O desemprego é uma das principais mazelas sociais da contemporaneidade, desafiando o mundo do trabalho, especialmente no Brasil, a incluir efetivamente a classe que vive do trabalho. A concepção hegemônica neoliberal trouxe consigo vários fatores de precarização das relações de trabalho assalariado, além de colocar em xeque a própria existência de emprego para as pessoas. Apesar disso, as dimensões e possibilidades do mundo do trabalho no Brasil, vão muito além do trabalho assalariado.Há uma outra gama de possibilidades e atividades econômicas que envolve uma outra lógica de produção e consumo. Nesse horizonte, na década de 1990, há o surgimento da economia solidária, protagonizada pelos Empreendimentos econômicos solidários (EES), mais tarde reconhecido como política pública, a partir de 2003. Em nossa metodologia, analisamos um estudo de caso de uma comunidade tradicional quilombola do Estado do Tocantins, onde se buscou implantar um conjunto amplo de variáveis estruturantes para a viabilidade efetiva do trabalho associado e autogestionário (economia solidária). Também utilizamos as duas bases de microdados disponibilizados pela Secretaria Nacional de Economia Solidária - SENAES, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego. Nos questionamos se a economia solidária gozaria de conteúdo e apoio político suficientes para os seus empreendimentos transitarem da inerente vulnerabilidade do seu estágio inicial para uma perspectiva de consolidar um estágio de autêntico desenvolvimento estruturante de novas relações sociais de trabalho: o trabalho associado autogestionário? Como objetivo analisamos o processo de constituição da economia solidária, a partir do percurso e do desenvolvimento dos empreendimentos econômicos solidários no Tocantins, apurando as suas vulnerabilidades e potencialidades. Os resultados mostraram que há potencialidade na economia solidária, em se constituir como uma alternativa organizacional e econômica, que permita aos empreendimentos de trabalho coletivo e horizontalmente associado sua sustentabilidade, a perspectiva emancipatória de combinar as dimensões de emancipação social, inclusão, com ideais de justiça social. Contudo, a economia solidária ainda não obtém apoio político suficiente, por parte do Estado e de sua política pública, para transitarem da situação de vulnerabilidade para um padrão de desenvolvimento ou uma estratégia de desenvolvimento endógeno, aonde os protagonistas sejam realmente aquelas pessoas que mais necessitam. |