Uso da ultrassonografia na mensuração do volume urinário de pacientes adultos e idosos internados em uma unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LOPES, Karina Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1305
Resumo: Introdução: O diagnóstico de retenção urinária em pacientes críticos sofre influências multifatoriais, atribuídas à condição de saúde. O exame de ultrassonografia (US) de bexiga favorece a mensuração do volume urinário após a retirada do cateter vesical de demora, pois proporciona mais segurança na avaliação e pode ser realizado durante o exame físico do enfermeiro. Objetivo: Identificar as evidências científicas presentes na literatura e realizar a mensuração do volume urinário em pacientes críticos adultos e idosos internados em ambiente intra-hospitalar, por meio da ultrassonografia de bexiga. Materiais e método: Os dados foram coletados em duas etapas, sendo a primeira uma revisão integrativa (RI) da literatura, realizada nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), US National Library of Medicine National Institutes Database Search of Health (Medline/PubMed®), Scopus, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e Web of Science. A segunda etapa foi um estudo descritivo, observacional e transversal, desenvolvido no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC UFU), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, com pacientes com 18 anos ou mais, de ambos os sexos, sem uso de cateter vesical de demora (CVD) ou que tivessem retirado este dispositivo nas últimas 48 horas. Os dados coletados por meio de anamnese e exame físico foram organizados em um instrumento elaborado e validado por três juízes especialistas na área. As variáveis categóricas foram analisadas segundo estatística descritiva com distribuição de frequência absoluta e relativa, enquanto para as variáveis quantitativas foram utilizadas as medidas de centralidade (central, média e mediana) e de variabilidade (amplitude e desvio padrão). Adotou-se nível de significância estatística de 95%, ou seja, α = 0,05. Resultados: Os cinco artigos incluídos na RI evidenciaram duas categorias temáticas: Vantagens do uso da ultrassonografia no diagnóstico da retenção urinária, na qual foram destacadas a eficiência na mensuração do volume urinário e a redução do uso desnecessário de CVD; e Fatores de risco que levam à retenção urinária, como idade avançada, uso prolongado de CVD, restrição ao leito e uso de medicações sedativas. Quanto aos resultados clínicos, a maioria dos 37 pacientes incluídos na amostra era do sexo masculino e tinha média de idade de 54,9 (Dp=18,4) anos. Esses pacientes foram internados na UTI por causas neurológicas 18 (48,65%); encontravam se torporosos 16 (43,24%); receberam sedativos ao longo da internação na UTI, sobretudo propofol, fentanil e midazolam; e com frequência utilizavam opioides para controle da dor e psicotrópicos para manejo de quadros de agitação psicomotora. Houve manifestação de constipação intestinal e história de ITU. O tempo médio de utilização do CVD foi de 11,8 (Dp=7,99) dias. Os pacientes foram avaliados com tempo mínimo de quatro horas e máximo de 48 horas após a retirada do dispositivo. Realizou-se o cateterismo de alívio com intervalo médio de nove horas entre um procedimento e outro. Dos 11 pacientes que apresentaram micção espontânea, identificou-se Retenção Urinária (RU) em oito. O volume urinário mensurado pela ultrassonografia de bexiga foi de 332,3 ml, com valores mínimos de 10 ml e máximos de 950 ml. A RU apresentou frequência de 40,54% (15 sujeitos). Discussão: De acordo com a literatura, a utilização da US de bexiga contribui efetivamente para uma assistência de enfermagem segura e a tecnologia traz benefícios para a prática diária do enfermeiro, por proporcionar mais segurança no trabalho executado. Conclusão: Espera-se que esses achados contribuam para elaboração e implementação de protocolos de gerenciamento da RU em UTI. Embora sejam necessários novos estudos acerca da temática, tendo em vista o baixo nível de evidência dos artigos elencados na RI e a amostra reduzida de pacientes avaliados, considera se que o estudo atingiu relevância inovadora para o desenvolvimento da enfermagem ao apresentar a ultrassonografia de bexiga como ferramenta acessória para o diagnóstico de enfermagem em retenção urinária e, por conseguinte, para o processo do cuidar.