Qualidade de vida dos profissionais de saúde bucal durante a pandemia de COVID-19
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1413 |
Resumo: | O termo qualidade de vida (QV) tem conceitos variados em todo o mundo e vários instrumentos para mensurá-la. Tendo em vista a escassez de estudos sobre qualidade de vida de cirurgiões-dentistas e auxiliares de saúde bucal e as mudanças ocorridas na rotina de trabalho em decorrência da pandemia de COVID-19, que podem influenciar negativamente a QV, o objetivo da presente pesquisa foi analisar a QV e a correlação com a saúde mental e atividades ocupacionais dos profissionais de saúde bucal que atuam na rede de atenção à saúde pública, do município de Uberaba-MG. Os instrumentos utilizados foram um questionário elaborado pelos pesquisadores para coleta de dados sociodemográficos e para a avaliação da QV foi utilizado o WHOQOL-bref. Para análise dos dados utilizou-se o software SPSS, a sintaxe do WHOQOL-bref e estatística descritiva e testes estatísticos. A pesquisa foi composta por 47 cirurgiões-dentistas e 18 auxiliares de saúde bucal. Os resultados apresentaram predominância do sexo feminino (90,8%) e da faixa etária entre 41 e 50 anos (27,7%). Com relação ao estado civil, 56,9% dos participantes têm companheiro(a). Houve predomínio da religião espírita (40%). A maioria dos profissionais possuía entre 1 e 4 anos de trabalho na instituição (38,5%), o local com maior predomínio de profissionais trabalhando foi a Unidade Básica de Saúde (UBS) (98,5%), 73,8% afirmaram ter recebido treinamento sobre o COVID-19. O tempo de atuação, em meses completos, com pacientes com COVID-19 variou, porém a maioria atuou entre 18 e 23 meses (40%), a disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) foi confirmada por 90,8% dos entrevistados, e 96,9% afirmaram que houve intensificação das medidas de proteção individual. Em relação aos tipos de atividades de atuação profissional durante a pandemia, a assistência com procedimentos invasivos foi a mais realizada (63,1%), seguida por triagem de pacientes (56,9%), consulta (44,6%), assistência sem procedimento invasivo (32,3%), atividades de visita domiciliar (10,8%), coleta de material para exame laboratorial (4,6%) e realização de radiografias (1,5%). Dos entrevistados, 15,4% afirmaram atender sabidamente a pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19. Foi relatado apenas por 1,5% dos participantes, aumento da carga horária de trabalho durante a pandemia. Afirmaram possuir alguma queixa de transtorno mental e consideraram que estava relacionada à pandemia 29,2%, destes 26,6% relataram sintomas de ansiedade, 15,4% de estresse, 18,5% dificuldades para dormir, 10,8% de depressão e 1,5% falta de apetite. Foram acometidos por COVID-19, 20% dos participantes. Em relação à qualidade de vida (QV), apresentaram melhor índice no domínio físico, com média de 69,45 pontos e menor no domínio relações sociais, com média de 63,59 pontos. Observou-se que a variável ansiedade apresentou influência na QV, nos domínios físico e psicológico (p<0,05). A variável estresse também influenciou a QV no domínio psicológico (p<0,05). Verificou-se associação entre presença de estresse e piores índices de QV entre os participantes no domínio psicológico (p<0,05) e entre ansiedade e QV no domínio físico. Concluiu-se que os cirurgiões-dentistas e os auxiliares de saúde bucal, envolvidos na rede de assistência à saúde bucal no Sistema Único de Saúde de Uberaba-MG apresentaram escores de QV semelhantes com os encontrados na literatura antes da pandemia de COVID-19, com exceção do domínio relações sociais que foi inferior, possivelmente em virtude do isolamento social ocorrido nesse período. Mais de 60% atuaram durante a pandemia e relataram receber treinamento para atuação com a COVID-19 e EPI. Aproximadamente um terço (29,2%) possuíam alguma queixa de transtorno mental e consideraram estar relacionada à pandemia. |